A fabricante de biotecnologia Moderna informou nesta quinta-feira (data conforme comunicado interno) que vai enxugar em 10% sua força de trabalho ao redor do mundo. A empresa projeta encerrar 2025 com menos de 5.000 colaboradores.
De acordo com carta enviada pelo presidente-executivo Stéphane Bancel aos funcionários, a medida faz parte de um plano para diminuir em aproximadamente US$ 1,5 bilhão as despesas operacionais anuais até 2027.
Sediada em Cambridge, Massachusetts, a Moderna vem sentindo o recuo nas vendas de seu imunizante contra a COVID-19 e da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Para compensar a queda de receita, a companhia aposta em novas plataformas de mRNA, entre elas uma dose combinada contra COVID e gripe que ainda está em testes.
Bancel destacou que, antes de optar pelos cortes, a empresa reduziu investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ajustou custos de manufatura e renegociou contratos com fornecedores. Mesmo assim, considerou as demissões inevitáveis. “Reconhecemos a dedicação de todos que ajudaram a construir a Moderna”, escreveu o executivo.
Em previsão feita no início do ano, a Moderna calculou que seus gastos anuais em 2027 ficarão entre US$ 4,7 bilhões e US$ 5 bilhões. As ações da companhia perderam mais de 90% do valor registrado nos picos da pandemia de COVID-19.
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Atualmente, o portfólio da empresa inclui três produtos aprovados por autoridades regulatórias. Segundo Bancel, esse número pode chegar a até 11 nos próximos três anos. Detalhes sobre o processo de desligamento devem ser apresentados em reunião marcada para sábado (25).
Com informações de Fox Business