São Paulo – A criação de postos de trabalho nos Estados Unidos praticamente não avançou em setembro, segundo avaliação de Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics, divulgada no domingo (1º) em publicação na rede social X.
O alerta foi feito após o fechamento parcial do governo norte-americano ter impedido a divulgação, na última sexta-feira (29), do relatório de emprego do Bureau of Labor Statistics (BLS), tradicional termômetro do mercado de trabalho.
Sem os números oficiais, Zandi recorreu a fontes privadas:
Ao combinar os dois estudos, o economista concluiu que o mercado de trabalho norte-americano registrou “praticamente nenhum crescimento” no mês.
Zandi acrescentou que empresas de menor porte têm sido mais afetadas por tarifas comerciais e políticas migratórias restritivas e que o emprego no setor público provavelmente encolheu devido a cortes ligados ao chamado “DOGE”.
Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com
Outro indicador citado foi a pesquisa de confiança do consumidor da Conference Board. O componente que compara a facilidade e a dificuldade de encontrar trabalho caiu para o menor nível desde o início da recuperação pós-pandemia, sugerindo possível elevação da taxa de desemprego em setembro.
Antes da paralisação do governo, economistas consultados pela LSEG projetavam acréscimo de 50 mil vagas em setembro e manutenção da taxa de desemprego em 4,3%. O BLS deverá publicar o relatório assim que houver reabertura dos serviços federais, mas o documento pode demorar alguns dias para ficar pronto.
Para Zandi, a ausência dos dados oficiais dificulta a avaliação da saúde da economia e a formulação de políticas públicas, embora as fontes privadas estejam, por ora, suprindo parte da informação necessária.