Fundadores da Morada Capital apostam em lançar gestora em meio à aversão a risco

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Os ex-Viland Alex Gonçalves e Murilo Arruda escolheram o atual período de incerteza nos mercados para lançar a Morada Capital, nova gestora de ações brasileira focada em estratégias de longo prazo.

Estrutura societária e filosofia

Segundo Arruda, a gestora foi concebida com estrutura institucional que evita controle individual. Todos os sócios respondem diretamente à empresa, modelo que, afirma, reforça a disciplina coletiva e reduz personalismos.

Cenário desafiador

A abertura ocorre enquanto investidores domésticos migram para CDBs e outros produtos conservadores, deixando a indústria de fundos de ações em um dos seus piores momentos históricos. Mesmo assim, Arruda enxerga “sinais tímidos” de retorno do apetite a risco.

Aprendizado com a frustração recente

Em entrevista ao podcast Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo, Gonçalves explicou que o principal produto da Morada nasceu da necessidade de oferecer um veículo capaz de atravessar diferentes ciclos econômicos brasileiros. “O simples ato de empreender no país já demonstra otimismo”, afirmou.

Influência externa maior que a doméstica

Para Gonçalves, os movimentos recentes dos ativos brasileiros têm relação mais direta com Washington e Pequim do que com Brasília. Ele relembrou que, até setembro, emergentes foram beneficiados por um dólar fraco e pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, mas em outubro o PIB americano mais forte mudou o humor.

Commodities como proteção

A valorização do ouro ganhou destaque: atualmente, as reservas internacionais globais mantêm 24% em Treasuries e 23% em ouro, proporção que não se via desde 1996. Para o gestor, o posicionamento reflete receio com contas públicas e a crescente instabilidade geopolítica, levando investidores a buscar refúgio em ouro, bitcoin e commodities.

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Imagem: infomoney.com.br

Dollar smile no radar

Gonçalves observa que a economia dos EUA segue aquecida pelo consumo e pelos investimentos das big techs em inteligência artificial, reeditando o conceito de “dollar smile”, no qual a moeda americana se fortalece tanto em crises quanto em períodos de crescimento superior ao do resto do mundo.

Variáveis domésticas continuam no mapa

A dupla vê pouco risco político precificado atualmente, mas evita projeções para 2026 após as surpresas eleitorais recentes. Gonçalves ressalta correlações tradicionais: a queda do dólar costuma aliviar a inflação, beneficiando o governo. Com o ciclo de cortes de juros ainda em andamento e alguma tração econômica, acreditam que o ambiente interno tende a melhorar.

Confiante em possíveis viradas de cenário, a Morada Capital busca posicionar-se desde já para capturar futuras oportunidades de valorização nos mercados.

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