O Nubank (ticker NU) anunciou lucro líquido de US$ 783 milhões no terceiro trimestre de 2025, avanço de 39% frente ao mesmo período de 2024. A rentabilidade sobre o patrimônio alcançou 31%, superando os 30% observados um ano antes.
Na Bolsa de Nova York, os papéis do banco digital subiam 3,11% às 12h37 (horário de Brasília), cotados a US$ 16,06, renovando a máxima histórica. No acumulado do ano, a valorização ultrapassa 50%.
Analistas do Banco Safra destacaram a redução de 7% nas despesas com provisões para perdas, que somaram US$ 977 milhões mesmo após expansão na carteira de cartões e empréstimos sem garantia. Embora o recuo tenha sido bem-vindo, o Safra questionou a sustentabilidade do patamar atual de risco, tema abordado na teleconferência de resultados.
Durante a apresentação, o Nubank atribuiu o desempenho à estratégia CLIP, iniciada no segundo trimestre, que engloba novos modelos de concessão, monitoramento e cobrança baseados em inteligência artificial. A instituição afirma que o método é permanente e deve continuar contribuindo para a geração de receita e para uma possível nova queda das provisões.
Entre as casas de análise, o BTG Pactual reiterou recomendação de compra para as ações do banco digital. A instituição calcula que o consenso de mercado projeta lucro de US$ 3,6 bilhões em 2026, enquanto a anualização apenas do terceiro trimestre já se aproxima de US$ 3,1 bilhões.
Imagem: Renan Dantas via moneytimes.com.br
O BTG cita a execução sólida do Nubank, a rentabilidade crescente e o expansão internacional consistente como fundamentos para a visão otimista. Para o banco de investimentos, a fintech desponta como uma das prováveis vencedoras de longo prazo no setor financeiro da América Latina.
Com escala crescente, evolução de margem e processos de crédito aprimorados, o Nubank encerra o trimestre reforçando a confiança de parte dos analistas, enquanto o mercado avalia a continuidade do ritmo de lucros recordes.