O presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, declarou que o Brasil ocupa posição de destaque para a empresa e deverá receber novos investimentos. “Temos mais de 50 milhões de usuários brasileiros, e esse número cresce continuamente”, afirmou em entrevista publicada pela revista Veja.
Segundo o executivo, o país já figura entre os três maiores mercados do ChatGPT, com cerca de 140 milhões de mensagens enviadas diariamente à ferramenta de inteligência artificial. Para fortalecer a presença local, a companhia pretende inaugurar um escritório em São Paulo até o fim do ano.
Altman considera que o Brasil reúne o principal requisito para se tornar potência em IA: uma ampla base de usuários dispostos a criar soluções com a tecnologia. “Queremos colaborar para que o país se torne um centro cada vez mais relevante”, disse.
Ele também reconheceu obstáculos de infraestrutura. Na visão do executivo, o suprimento de energia será o limitador de longo prazo para a expansão da inteligência artificial. “Acredito que matrizes nuclear e solar acabarão dominando”, afirmou.
Questionado sobre o uso de IA em áreas como saúde e jornalismo, Altman avaliou que a tecnologia pode oferecer alternativas onde faltam recursos. “Se não houver médico disponível ou dinheiro para pagar a consulta, o ChatGPT será melhor do que nada”, observou.
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Em relação à imprensa, o CEO não prevê substituição de profissionais. Para ele, a proximidade entre repórter e leitor deve ganhar valor em um cenário com grande volume de conteúdo gerado por máquinas.
Apesar da adoção acelerada, Altman avalia que a revolução da IA ainda está no começo. “Há um caminho imenso de crescimento; estamos nos primeiros estágios”, concluiu.