Opep+ mantém metas de produção para 2026 e cria mecanismo para medir capacidade dos membros

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A Opep+ decidiu neste domingo, 30 de novembro de 2025, preservar as atuais cotas de produção de petróleo do grupo para 2026 e aprovou um novo mecanismo destinado a avaliar a capacidade máxima de extração de cada país participante.

A decisão foi anunciada após reuniões on-line que reuniram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, liderados pela Rússia. O bloco, responsável por cerca de metade da oferta mundial de petróleo, manteve inalterados os cortes de 3,24 milhões de barris por dia (bpd) — equivalentes a aproximadamente 3% da demanda global.

Oito integrantes da coalizão, que realizaram um encontro separado, chegaram a um acordo preliminar para continuar a pausa nos aumentos de produção durante o primeiro trimestre de 2026. Desde abril de 2025, o grupo recolocou no mercado cerca de 2,9 milhões de bpd.

O novo mecanismo aprovado servirá para calcular a capacidade máxima de cada país e deverá ser adotado na definição das cotas a partir de 2027. A discussão vinha se arrastando há anos devido a divergências internas: Emirados Árabes Unidos, por exemplo, ampliaram sua capacidade e pressionam por limites mais altos, enquanto alguns produtores africanos têm capacidade em declínio, mas resistem a cortes adicionais. Angola deixou a Opep+ em 2024 justamente por discordar de sua cota.

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Imagem: Reuters via moneytimes.com.br

As conversas ocorreram em meio a esforços dos Estados Unidos para intermediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Um eventual entendimento poderia elevar a oferta global caso sanções ao petróleo russo fossem suspensas. Se a negociação fracassar, a produção russa pode enfrentar restrições ainda maiores.

Com a manutenção das metas atuais e a introdução do mecanismo de capacidade, a Opep+ sinaliza estabilidade na política de fornecimento para o próximo ano, enquanto prepara ajustes de longo prazo que entrarão em vigor em 2027.

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