Comerciante de Chinatown afirma que operação federal amplia segurança, mas faz vendas caírem até 40%

Anúncio

Empresários de Chinatown, bairro turístico de Washington, D.C., relataram impactos divergentes após a decisão do presidente Donald Trump de reforçar o combate ao crime com tropas federais e efetivos da Guarda Nacional. Enquanto alguns observam ruas mais seguras, outros reclamam de queda acentuada no fluxo de clientes.

O proprietário de uma loja de bebidas que se identificou como John disse à Fox News Digital que o movimento em seu estabelecimento despencou cerca de 30% a 40% desde o início da operação. “Por um lado está mais seguro, mas o público desapareceu; as pessoas têm medo de ser abordadas e preferem ficar em casa”, afirmou. Segundo ele, antes da chegada dos militares, o local registrava poucos incidentes de segurança.

Outro comerciante, Philip, contou ter visto agentes federais circulando pelo bairro em apenas dois dias desde o início da ação. Para ele, a situação anterior “não era incontrolável”, mas poderia piorar caso nada fosse feito. Mesmo assim, o empresário avalia que a presença policial ainda não mudou o cenário de forma significativa.

Funcionários e vendedores ambulantes também manifestaram resistência ao uso de tropas. Malik, que trabalha na região, classificou a medida como “invasiva” e disse acreditar que os militares teriam “tarefas mais importantes”. Já o ambulante Ale argumentou que Washington “se policia sozinha” e que a presença dos soldados gera confusão. “Não há mais a mesma tranquilidade. O trânsito de pedestres diminuiu e muitos negócios estão sentindo no caixa”, comentou.

Imagem: Alec Schemmel FOXBusiness via foxbusiness.com

Imagens divulgadas pela imprensa mostram membros da Guarda Nacional de prontidão na Union Station em 14 de agosto de 2025. O reforço ocorre após relatos de aumento de crimes praticados por jovens e o assalto ao apartamento de um congressista na cidade, episódio que levou parlamentares a cobraram ações mais duras contra a violência.

Até o momento, a Casa Branca não informou por quanto tempo o contingente federal permanecerá nas ruas da capital.