Uma pesquisa semestral do BTG Pactual, divulgada em 18 de dezembro de 2025, mostra que 22 gestoras de fundos imobiliários seguem otimistas com o mercado brasileiro nos próximos 12 meses.
Os administradores ouvidos — entre eles Patria, XP Asset, TRX, Capitânia e Tellus — demonstraram maior confiança nos fundos de tijolo, destacando três segmentos: logística, escritórios e renda urbana.
Os FIIs de recebíveis (CRI) registraram a maior queda de confiança em relação ao levantamento anterior, mas ainda permanecem em território positivo.
Eleições, inflação e taxa de juros foram citados como os principais temas que deverão impactar o desempenho dos fundos imobiliários em 2026. No plano operacional, reajustes de aluguel e aumento da taxa de ocupação aparecem entre as questões mais relevantes.
A expectativa de redução da Selic surgiu como um dos principais gatilhos de valorização para o próximo ano.
Endividamento dos fundos e problemas de governança lideram a lista de preocupações dos gestores. Mudanças na legislação e eventuais movimentos de fusões e aquisições também foram mencionados, porém em menor escala.
Imagem: divulgação via moneytimes.com.br
Na avaliação qualitativa dos FIIs, a qualidade e a localização dos imóveis, bem como a experiência da equipe de gestão, foram apontadas como atributos decisivos. Em contrapartida, liquidez das cotas no mercado secundário e segurança jurídica/regulatória continuam sendo vistos como desafios estruturais.
Não houve consenso sobre a adoção de programas de recompra de cotas em 2026, operação permitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde maio de 2025. Para crescimento de portfólio, as emissões privadas seguem como a estratégia preferida, mantendo a tendência observada em 2025.
O levantamento consolidou as respostas de forma agregada, preservando a confidencialidade das instituições participantes e reafirmando a percepção positiva das gestoras sobre o setor de fundos imobiliários para 2026.