Oscilações provocadas por disputas comerciais entre Estados Unidos e China e sinais contraditórios sobre a trajetória de juros do Federal Reserve não impediram dois ativos de naturezas opostas de se destacarem em outubro. O ouro registrou a maior valorização do período, enquanto o índice Nasdaq garantiu o melhor desempenho entre as principais bolsas.
De acordo com indicador do Banco Central, o metal precioso subiu 5,7% no mês. A cotação alcançou novo pico histórico em 20 de outubro, ao superar US$ 4.300 por onça-troy (31,1 gramas). A busca por proteção em meio às tensões geopolíticas e a perspectiva de novos cortes de juros nos Estados Unidos em 2026 sustentaram o movimento, reforçado pelas compras de bancos centrais, sobretudo de países emergentes. Foi o terceiro mês seguido de alta, favorecendo investidores posicionados em fundos, ETFs ou BDRs lastreados no ativo.
O índice que reúne as gigantes de tecnologia dos EUA encerrou outubro com ganho de 4,7%. Entre 10 e 13 de outubro, o anúncio de tarifas adicionais dos Estados Unidos sobre produtos chineses provocou as maiores quedas diárias desde abril, devido à dependência das empresas de tecnologia de cadeias de produção na Ásia. A recuperação começou com resultados corporativos acima do esperado e ganhou força após o corte de juros anunciado pelo Federal Reserve. No dia 29, o Nasdaq renovou máxima histórica, superando o desempenho do Ibovespa, do Dow Jones e do S&P 500 no mês.
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Assim, outubro terminou com prêmios tanto para investidores que buscaram proteção no metal quanto para aqueles que mantiveram exposição ao setor de tecnologia.