Pesquisa mostra que “taxa das blusinhas” reduziu em 35% compras de baixa renda

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São Paulo – Um ano depois de entrar em vigor, a “taxa das blusinhas” provocou recuo mais acentuado entre consumidores de renda mais baixa. Levantamento da Amobitec, entidade que reúne companhias de mobilidade e tecnologia, aponta queda de 35% no volume de compras internacionais realizadas por pessoas das classes C, D e E.

O estudo analisou os primeiros oito meses de vigência da lei federal que, desde 1º de agosto de 2024, aplica imposto de importação de 20% sobre aquisições de até US$ 50 feitas por pessoas físicas em plataformas estrangeiras de comércio eletrônico, como Shein e Shopee. Além do tributo federal, também incide ICMS de 17% a 20% recolhido pelos estados.

De acordo com a pesquisa, cerca de 14 milhões de consumidores de menor renda deixaram de comprar em sites internacionais no período avaliado. Entre as classes A e B, a retração foi de 11%, o que corresponde a 4 milhões de pessoas.

O levantamento também identificou aumento na desistência de compras na etapa final do checkout. Nas classes C, D e E, o índice daqueles que abandonam o carrinho ao visualizar o preço final subiu de 35% para 45%. Desse total, 40% não concluíram a aquisição em nenhuma outra plataforma online.

Imagem: redir.folha.com.br

Foram ouvidas cerca de 2 mil pessoas dos estratos A, B1, B2, C1, C2, D e E. A margem de erro é de três pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

Com informações de Folha de S.Paulo