Pesquisas apontam forte alinhamento do eleitor evangélico a pautas conservadoras nas eleições de 2018 e 2022

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Levantamentos recentes indicam que, apesar da diversidade teológica, regional e de classe, o eleitorado evangélico apresentou alto grau de coesão nas duas últimas eleições presidenciais.

Dois terços votaram em Bolsonaro

O Estudo Eleitoral Brasileiro de 2022 e pesquisas do Datafolha mostram que cerca de 66% dos evangélicos optaram por Jair Bolsonaro tanto em 2018 quanto em 2022. O índice supera o registrado entre católicos e pessoas sem religião.

Segmentação ideológica

Pesquisa da organização More in Common, em parceria com a Quaest, reforça o padrão de votos conservadores. O estudo mapeou dois grupos ideológicos com elevada presença evangélica:

  • “Patriotas indignados”: 6% da população; 38% de evangélicos.
  • “Conservadores tradicionais”: 21% da população; 36% de evangélicos.

Ambos os segmentos se concentram em pautas ligadas a família, gênero e sexualidade, temas que funcionam como marcadores identitários e orientam a decisão eleitoral.

Rede social e ativação moral

De acordo com os estudos citados, igrejas, grupos comunitários e canais digitais mantêm uma identidade política latente que se intensifica quando lideranças religiosas convocam o voto ou quando pautas morais dominam o debate público. Em disputas centradas na economia, essa coesão tende a se dispersar, mas permanece disponível para ser reativada.

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Imagem: redir.folha.com.br

Dimensão socioeconômica

Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que congregações evangélicas funcionam também como redes de apoio material e inserção profissional, especialmente para mulheres e pessoas negras. O levantamento aponta que demandas por emprego, segurança e dignidade convivem com as pautas morais.

O projeto Os Invisíveis, realizado pela More in Common e pela Quaest, indica ainda que mais da metade da população — incluindo muitos evangélicos — se encontra em segmentos pouco engajados e distantes dos extremos ideológicos, priorizando questões práticas do cotidiano.

Os estudos concluem que temas como emprego, creche, segurança e saúde continuam a influenciar a decisão de voto, embora pautas morais mantenham papel relevante na definição de preferências eleitorais entre evangélicos.

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