Rio de Janeiro – Trabalhadores do setor de petróleo no Norte Fluminense decidiram em assembleia nesta sexta-feira (26) continuar a greve iniciada há 12 dias, informou o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
O grupo rejeitou a última contraproposta apresentada pela Petrobras para o acordo coletivo de trabalho. Segundo o sindicato, o texto trazia “avanços pontuais”, como negociações sobre descontos referentes aos dias parados, mas não atendia às principais reivindicações da categoria.
Com mais de 20% dos petroleiros sindicalizados em todo o país, o Sindipetro-NF é a maior entidade filiada à Federação Única dos Petroleiros (FUP). A área de abrangência inclui as plataformas da Bacia de Campos, uma das principais regiões produtoras de petróleo e gás do Brasil.
No início da semana, a FUP havia orientado seus 14 sindicatos a aceitarem a proposta da Petrobras e suspendessem o movimento. Mesmo assim, apenas a representação do Norte Fluminense decidiu manter a paralisação. Já a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne trabalhadores da Bacia de Santos, também indicou continuidade da greve.
Fontes ligadas à Petrobras afirmaram, sob condição de anonimato, que a produção e o refino seguem sem impactos, pois equipes de contingência foram mobilizadas para garantir as operações.
Imagem: redir.folha.com.br
Em nota, a estatal declarou que o novo texto do acordo coletivo contempla “avanços nos principais pleitos sindicais”, reforçando o compromisso de buscar solução negociada e o fim da paralisação. A empresa informou ainda que, até o momento, sete bases sindicais aprovaram o documento e encerraram a greve, enquanto outras programaram assembleias.
A Petrobras reiterou que não houve prejuízo à produção e que o abastecimento ao mercado está garantido.