Petróleo recua mais de 2% diante de sinalização dos EUA para encerrar guerra Rússia-Ucrânia

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Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2025, após notícias de que Washington intensificou esforços para pôr fim ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

O contrato janeiro do Brent cedeu US$ 1,38, ou 2,1%, encerrando a sessão a US$ 63,51 por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) para o mesmo mês recuou US$ 1,30, igualmente 2,1%, para US$ 59,44.

Pressão diplomática

Duas fontes disseram à Reuters que os Estados Unidos apresentaram ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, um plano que inclui concessão de território e de determinadas armas a Moscou. Segundo elas, Washington indicou que Kiev deve aceitar a proposta para viabilizar o cessar-fogo.

Zelenskiy afirmou que a liderança norte-americana “precisa permanecer efetiva” para encerrar a guerra, que já dura mais de três anos e meio. Ele acrescentou que o presidente turco, Tayyip Erdogan, sugeriu diferentes formatos de negociação.

Impacto no mercado

Analistas alertam que o fim das hostilidades pode liberar maior volume de petróleo russo no mercado internacional, elevando o risco de excesso de oferta. Scott Shelton, do TP ICAP Group, projeta preços na faixa dos US$ 50 caso todo o petróleo atualmente sancionado chegue aos compradores.

No mês passado, Washington impôs sanções à Rosneft e à Lukoil, estipulando 21 de novembro como prazo para o encerramento de negócios com as gigantes russas. O Departamento do Tesouro afirmou, na segunda-feira, que as restrições já reduziram a receita petrolífera de Moscou e devem limitar suas exportações no longo prazo.

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Imagem: Reuters via moneytimes.com.br

Janiv Shah, da Rystad Energy, observa que a proximidade do prazo de sexta-feira aumenta a pressão, mentre a eventual redução do prêmio de risco geopolítico realça fundamentos fracos da commodity.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, descartou impactos negativos das sanções sobre a produção e disse que o país alcançará a cota da Opep+ até o fim deste ano ou início de 2026.

Estoque dos EUA oferece suporte

A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) registrou na semana passada uma retirada de estoques de petróleo acima do previsto, impulsionada por maior utilização das refinarias e crescimento das exportações, o que limitou quedas mais acentuadas.

Para Ed Hayden-Briffett, do Onyx Capital Group, o mercado mostra “fadiga de manchetes” sobre Rússia e Ucrânia e deve permanecer em intervalo estreito no curto prazo, enquanto operadores aguardam sinais concretos de um acordo de paz.

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