Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa nesta quarta-feira (13), atingindo o menor patamar em mais de dois meses, pressionados por números considerados baixistas sobre a oferta divulgados pelo governo dos Estados Unidos e pela Agência Internacional de Energia (IEA).
O Brent para entrega futura cedeu 0,7%, encerrando o dia a US$ 65,63 por barril. Durante a sessão, o preço tocou US$ 65,01, o nível mais baixo desde 6 de junho. Já o West Texas Intermediate (WTI) recuou 0,8%, para US$ 62,65 por barril, depois de chegar a US$ 61,94, valor mais baixo desde 2 de junho.
A Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA) informou que os estoques de petróleo do país subiram 3 milhões de barris na última semana, totalizando 426,7 milhões de barris. Analistas consultados pela Reuters previam aumento bem menor, de 275 mil barris.
As importações líquidas de petróleo dos Estados Unidos cresceram em 699 mil barris por dia no mesmo período. Para John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York, a queda nas exportações — atribuída à pressão tarifária — pode continuar pesando sobre as cotações.
No mesmo dia, a IEA elevou a projeção de crescimento da oferta global de petróleo para 2025, ao mesmo tempo em que reduziu a estimativa de aumento da demanda, adicionando pressão negativa sobre os preços.
Imagem: Reuters via moneytimes.com.br
Investidores também acompanharam a advertência do presidente norte-americano, Donald Trump, de que haverá “consequências graves” caso o presidente russo, Vladimir Putin, impeça o avanço de negociações de paz na Ucrânia. Trump e Putin devem se reunir na sexta-feira, no Alasca, para tratar do fim da guerra iniciada em fevereiro de 2022, conflito que segue influenciando o mercado de petróleo.
Combinados, os sinais de oferta maior que o previsto, a revisão de demanda pela IEA e as incertezas geopolíticas mantiveram a pressão vendedora sobre as principais referências de preço do petróleo.