O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve registrar crescimento modesto no segundo trimestre de 2025, segundo projeções de instituições financeiras. O resultado oficial será divulgado pelo IBGE às 9h desta terça-feira (2).
A mediana das estimativas coletadas pela Bloomberg indica avanço de 0,3% em relação aos três meses anteriores, com previsões que variam de 0,1% a 0,8%.
No primeiro trimestre, o PIB subiu 1,4%, impulsionado pela agropecuária. Esse efeito, porém, se dissipou entre abril e junho, período em que a economia continuou pressionada pelos juros elevados, que encarecem o crédito e reduzem consumo e investimento.
Asa – O economista Leonardo Costa prevê alta de 0,3% e ressalta “desaceleração significativa” após o “desempenho forte” do início do ano. Segundo ele, agropecuária perde força, e indústria e serviços também exibem ritmo menor.
Pine – O banco também estima expansão de 0,3%. Pela ótica da oferta, projeta crescimento na indústria (0,5%) e nos serviços (0,3%), enquanto a agropecuária deve recuar 1,7% depois de ter avançado 12,2% no trimestre anterior. Do lado da demanda, espera queda de 2,3% na Formação Bruta de Capital Fixo (primeira retração após seis trimestres) e alta de 0,3% no consumo das famílias e nos gastos do governo. Se confirmado, o carry-over para 2025 ficará em 2,4%.
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Itaú – O banco projeta variação de 0,2% no segundo trimestre e crescimento anual de 2,2%. Relatório assinado por Natalia Cotarelli e Marina Garrido aponta risco de resultado menor por causa do aumento do IOF e da desaceleração do crédito consignado para beneficiários do INSS.
Daycoval – A instituição calcula avanço de 0,5%, mas afirma que os dados já mostram “sinais claros de desaceleração”.
Apesar dos juros altos, analistas observam que o mercado de trabalho manteve relativa solidez no período, atenuando uma queda mais acentuada da atividade.