A Planck, protocolo de infraestrutura voltado para o setor de inteligência artificial, anunciou nesta terça-feira o lançamento de uma blockchain layer-0 criada para dar suporte a redes de IA descentralizadas.
O novo sistema foi desenhado para servir de base a aplicações de inteligência artificial, em especial àquelas desenvolvidas para redes de infraestrutura física descentralizada (DePINs). Essas redes combinam hardware, incentivos por meio de tokens e processamento distribuído como alternativa a serviços de nuvem centralizados.
Segundo um porta-voz da empresa, “a computação de alto desempenho para IA hoje está fortemente concentrada nas mãos de poucos gigantes de tecnologia”. A iniciativa acompanha o movimento do setor cripto em aplicar princípios da Web3 ao desenvolvimento de IA, área ainda dominada por nomes como OpenAI e Google.
No ecossistema blockchain, a Planck se junta a projetos como Bittensor, que trabalha com aprendizado de máquina descentralizado, e Fetch.ai, voltado para criação de agentes de IA em plataforma distribuída.
A Planck projeta receita para o protocolo por meio de taxas de transação, uso de SDKs e ferramentas de desenvolvimento. Operadores de GPU que fornecerem poder de processamento serão remunerados com o token nativo do projeto, de acordo com dois critérios: tempo de atividade das máquinas (proof-of-connectivity) e grau de utilização efetiva (proof-of-delivery).
Atualmente, grande parte da receita da Planck vem do aluguel de GPUs e de contratos de computação. A empresa afirma que seu modelo sob demanda, cobrado por hora, reduz custos em até 90% em comparação com serviços de nuvem tradicionais. Desde fevereiro, foram gerados US$ 1,5 milhão em receita, principalmente pelo fornecimento de poder de GPU.
Imagem: Trader Iniciante 2 (13)
O negócio coloca a Planck em competição direta com outras provedoras de infraestrutura, como Vast.ai, CoreWeave e Lambda, todas beneficiadas pela escassez de chips para IA. De acordo com a Precedence Research, o mercado de GPU-as-a-service alcançou US$ 4 bilhões em 2024 e deve crescer a uma taxa anual de 23%, chegando a US$ 32 bilhões em 2034.
“A computação de IA centralizada é proibitivamente cara. Ao descentralizar a rede de GPUs, a Planck consegue oferecer até 90% de economia”, reforçou o porta-voz.
Com informações de Cointelegraph