Prefeito de Chicago quer ressuscitar imposto por funcionário e setor empresarial reage

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Chicago (EUA) – O prefeito Brandon Johnson apresentou proposta para reinstaurar o “head tax”, tributo cobrado por empregado que foi extinto na cidade em 2014. A medida atingiria companhias com mais de 100 funcionários, que passariam a pagar US$ 21 mensais por trabalhador que cumpra pelo menos metade da jornada na cidade.

De acordo com a prefeitura, o valor seria ajustado anualmente pela inflação e poderia gerar receita de aproximadamente US$ 100 milhões por ano, ajudando a reduzir o déficit orçamentário de US$ 1,2 bilhão.

Histórico do imposto

Chicago manteve um head tax entre 1973 e 2014. Durante esse período, a alíquota média era de US$ 4 por funcionário para empresas com mais de 50 empregados, valor que caiu para US$ 2 em 2012, na gestão do então prefeito Rahm Emanuel, quando começou o processo de extinção do tributo. A arrecadação anual média foi de cerca de US$ 20 milhões.

Reação do setor privado

Representantes empresariais criticaram a proposta. O presidente da Illinois Restaurant Association, Sam Toia, afirmou à FOX Business que o imposto seria um “assassino de empregos”, lembrando que, após a pandemia, os restaurantes operam com margens financeiras ainda menores.

Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

Outras fontes de receita

Além do head tax, Johnson sugeriu novos tributos ou aumento de alíquotas sobre:

• Serviços de computação em nuvem – alíquota passaria de 11% para 14%, com potencial de arrecadar US$ 333 milhões anuais;
• Aplicativos de transporte em zonas de alto tráfego – estimativa de US$ 230 milhões por ano;
• Empresas de mídia social, apostas esportivas on-line e atracação de iates.

Saída de empresas da cidade

A discussão ocorre em meio à saída de grandes corporações de Chicago nos últimos anos. Entre as que transferiram sedes ou partes significativas de suas operações estão Citadel, Boeing, Caterpillar, Guggenheim Partners, TTX e Tyson Foods.