Procuradora-geral da Louisiana processa Roblox por suposta facilitação de exploração infantil

Trader Iniciante - RedaçãoTrader Iniciante - RedaçãoMercado Financeiro54 minutos atrás6 pontos de vista

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Washington – A procuradora-geral da Louisiana, Liz Murrill, entrou na Justiça norte-americana na quinta-feira (14) contra a plataforma de jogos Roblox, alegando que a empresa permite a exploração sexual de crianças e se tornou “o lugar perfeito para pedófilos” por não adotar protocolos básicos de segurança.

De acordo com a ação, o Roblox “conscientemente permitiu e facilitou a exploração sexual sistemática e o abuso de crianças em todos os Estados Unidos, incluindo a Louisiana”, ao deixar de exigir verificação de idade ou autorização dos responsáveis para o acesso de menores.

“Todos os pais devem estar cientes do perigo claro e presente que o Roblox representa para seus filhos”, afirmou Murrill em entrevista coletiva. A procuradora chegou a defender o fechamento da plataforma.

Pedidos da ação

O processo solicita uma ordem de restrição permanente que impeça a companhia de afirmar possuir recursos de segurança adequados e a proíba de violar a Lei de Práticas Comerciais Desleais da Louisiana.

Resposta da empresa

Até a manhã de sexta-feira (15), o Roblox não havia se manifestado.

Medidas recentes da plataforma

Um mês antes da ação, a empresa anunciou tecnologia de estimativa de idade facial para liberar o uso de bate-papos privados e não filtrados apenas a usuários com 13 anos ou mais. No ano passado, foram ampliados os controles parentais para perfis abaixo dessa idade. Atualmente, não existe idade mínima formal para criar conta.

Números da comunidade

A plataforma informa ter 111,8 milhões de usuários ativos diários; cerca de 36% têm menos de 13 anos. Além de jogarem, muitos menores também desenvolvem games dentro do ecossistema.

Conteúdos citados no processo

O documento lista experiências supostamente explícitas, como “Escape to Epstein Island”, “Diddy Party” e “Public Bathroom Simulator Vibe”, entre outras.

Procuradora-geral da Louisiana processa Roblox por suposta facilitação de exploração infantil - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Casos mencionados

Murrill destacou a investigação de uma igreja em Livingston, Louisiana, no mês passado, onde um suspeito de posse de material de abuso sexual infantil era usuário ativo do Roblox e utilizava tecnologia de alteração de voz para se passar por menina com o objetivo de atrair menores.

Histórico de ações judiciais

A plataforma enfrenta outros processos nos Estados Unidos. Na semana passada, um pai da Califórnia alegou que a filha de 10 anos foi sequestrada por um homem de 27 anos conhecido por meio do serviço. O escritório Dolman Law Group também moveu ações no Texas, Michigan, Geórgia e Califórnia em nome de menores que relatam ter sido explorados sexualmente dentro do Roblox.

Em maio, um homem de 28 anos de Maryland declarou-se culpado de produzir pornografia infantil após coagido mais de 100 meninas, entre 5 e 17 anos, a enviarem conteúdo sexual. Segundo a promotoria, ele atuava no Roblox e em outras redes sociais.

Polêmica com “vigilantes” e pressão política

Na quarta-feira (13), o Roblox defendeu sua política de banir usuários que se apresentam como “vigilantes” contra predadores, alegando que tais práticas criam ambiente inseguro. A medida veio após o youtuber Schlep divulgar carta de cessação e desistência enviada pela empresa.

No Congresso, o deputado Ro Khanna lançou petição pedindo que a plataforma adote ações adicionais para proteger crianças. “O Roblox está em uma encruzilhada”, diz o texto.

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