Um investimento de R$ 10 mil em ouro realizado em 2019 teria alcançado aproximadamente R$ 21.459 neste mês, segundo cálculo de Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital. O resultado corresponde a valorização de 114,59% no período.
O levantamento tomou como referência o ETF GOLD11, que replica a cotação internacional do metal convertida para reais. No mesmo intervalo, o IMAB11 — indicador que acompanha títulos públicos indexados à inflação — teve alta de 35,32%.
O desempenho do ouro superou inclusive o avanço acumulado do IPCA, de cerca de 30% em cinco anos, o que representa ganho real próximo de 85%, de acordo com Trevisan.
Dois fatores explicam a valorização: o preço internacional do ouro subiu de US$ 1.500 para cerca de US$ 2.400 por onça-troy, e o dólar, que girava em torno de R$ 4 há cinco anos, também se fortaleceu frente ao real.
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Para o executivo da Gravus Capital, o metal segue como peça defensiva nos portfólios, especialmente diante da perspectiva de queda dos juros nos Estados Unidos e das incertezas fiscais e geopolíticas globais. Ele ressalta que o ouro não substitui a renda fixa ou variável, mas pode equilibrar o risco da carteira ao funcionar como proteção contra choques externos.
O ETF GOLD11 costuma ser a porta de entrada mais simples para quem busca exposição ao metal, pois acompanha o preço internacional e dispensa custos de armazenagem. Trevisan também menciona fundos multimercado ou cambiais que incluem ouro, além de contratos futuros negociados na B3 — voltados a investidores com maior experiência — e a compra física do metal.