Quase 24% dos lares nos EUA dependem do próximo salário, aponta estudo

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Um levantamento do Bank of America Institute indica que, em 2025, aproximadamente 24% das famílias norte-americanas gastam praticamente toda a renda mensal apenas com despesas essenciais, cenário conhecido como “viver de salário em salário”. O porcentual é 0,3 ponto maior que o registrado em 2024, porém o ritmo de crescimento desacelerou e agora é quase três vezes menor que o observado no ano anterior.

Critério de classificação

O instituto classifica como “salário a salário” os domicílios que destinam mais de 95% da renda a itens básicos, como moradia, alimentação, combustível, contas de serviços públicos, internet, transporte público e creche. Com isso, sobra pouco ou nenhum valor para poupança ou gastos discricionários.

Renda baixa sente mais

Entre as famílias de menor renda, a proporção nessa condição subiu para 29% em 2025, após marcar 28,6% em 2024 e 27,1% em 2023. Segundo o economista Joe Wadford, do Bank of America Institute, o avanço dos preços tem penalizado principalmente esse grupo, já que os ganhos após impostos não acompanham a inflação desde janeiro de 2025.

Em outubro, por exemplo, os salários cresceram 1%, enquanto o custo de vida avançou 3%. “Quando as contas sobem US$ 300 e o salário aumenta só US$ 100, muitas famílias não conseguem fechar a conta”, resume Wadford.

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Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

Classe média e alta

Nos estratos de renda média e alta, a parcela de lares que vivem de salário em salário permaneceu praticamente estável. Ainda assim, cerca de 19% das famílias com renda mais elevada também se encontram nessa situação, fenômeno atribuído pelo instituto ao chamado “lifestyle creep” — elevação do padrão de consumo que faz as despesas acompanharem a renda.

Descompasso salarial

O estudo mostra que o crescimento salarial de trabalhadores de baixa renda vem perdendo fôlego em relação ao dos trabalhadores de maior renda desde o início de 2025. Essa diferença não era tão grande desde 2016. Para Wadford, enquanto o mercado de trabalho mantiver trajetórias distintas para esses grupos, a tendência é que a disparidade persista.

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