Queda dos juros hipotecários traz fôlego, mas habitação nos EUA só deve baratear de fato em 2026, apontam executivos

Dificuldades e desafios33 minutos atrás6 pontos de vista

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As taxas de hipoteca nos Estados Unidos recuaram de forma acentuada em relação aos picos recentes, oferecendo alívio temporário a compradores e chance de refinanciamento para proprietários, mas o caminho rumo a uma moradia realmente acessível deve se estender até 2026 e 2027, segundo líderes do setor imobiliário.

Depois da disparada de juros que sucedeu o boom imobiliário pós-pandemia, o mercado ficou praticamente estagnado: proprietários relutaram em vender para não abrir mão de financiamentos com taxas muito baixas, enquanto os interessados encontraram pouca oferta e custos mais altos de crédito.

Mauricio Umansky, executivo do setor, afirmou à FOX Business que a acessibilidade continua limitada, porém já despontam sinais de melhora. Segundo ele, os preços começam a ceder — ainda sem aparecer nos indicadores oficiais — e a queda dos juros deve ampliar a oferta, permitindo um equilíbrio maior a partir de 2026.

Para Philip White, CEO da Sotheby’s International Realty, o estoque de imóveis está crescendo em grande parte do país, oferecendo mais opções aos compradores. “A maior disponibilidade cria um mercado mais balanceado”, destacou. Embora as taxas continuem determinantes, a melhora dos estoques pode facilitar o acesso de compradores qualificados nos próximos meses e ao longo do próximo ano.

Juros já recuaram 150 pontos-base desde 2023

A economista-chefe do Realtor.com, Danielle Hale, lembra que é cedo para cravar o cenário de 2026-2027, mas observa que as taxas caíram quase 70 pontos-base desde o pico de 2025 e cerca de 150 pontos-base em relação ao auge de 2023, o que já melhora a situação no curto prazo.

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Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com

Na semana passada, o juro médio da hipoteca fixa de 30 anos baixou para 6,35%, segundo a Freddie Mac — a maior queda semanal em um ano. O movimento abre espaço para refinanciamentos e confere “significativa” melhora de acessibilidade em comparação com os períodos de pico, avalia Hale.

A especialista projeta que as taxas permaneçam na faixa de 6% pelos próximos 12 meses; o mercado já embute vários cortes até meados de 2026. Por isso, ela enxerga apenas avanços modestos na acessibilidade via custo do financiamento no curto prazo.

Hale aposta ainda em crescimento da renda, embora em ritmo menor devido à desaceleração do mercado de trabalho, e salienta que uma queda nos preços dos imóveis seria o outro fator essencial para tornar as residências mais acessíveis. Apesar disso, ela não prevê uma “liberação total da acessibilidade” em 2026 ou 2027, mas sim uma modesta melhora, com ganhos mais evidentes em mercados regionais mais frouxos.

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