Ministro da Educação diz a empresários que reconhecimento pesa mais que salário para professores

São Paulo – Em almoço promovido pela Esfera Brasil nesta sexta-feira, 26 de setembro de 2025, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o maior pedido dos docentes da rede básica não é aumento salarial, mas reconhecimento profissional.

“A primeira reclamação que o professor faz não é sobre salário, mas falta de reconhecimento”, declarou o ministro diante de empresários do setor educacional.

Atualmente, o piso nacional do magistério está fixado em R$ 4.867, valor próximo a três salários mínimos. Segundo Santana, a meta do Ministério da Educação é fortalecer a carreira por meio de iniciativas como:

• “Enem dos Professores” – exame para avaliar recém-formados em licenciatura;
• Carteira nacional do professor – documento exclusivo da categoria;
• Manutenção do piso salarial, reajustado de acordo com a variação dos recursos do Fundeb e não pelo IPCA.

Para 2025, o ministro já confirmou reajuste de 6,27% no piso. As estimativas para 2026 indicam aumento em torno de 1%.

Santana reconheceu, porém, que cerca de um terço das prefeituras ainda não cumpre o piso por falta de recursos suficientes do Fundeb.

Imagem: redir.folha.com.br

Incentivos adicionais

Durante a apresentação, o ministro citou também o programa Mais Professores, que engloba:

• Selo TôComProf, voltado a oferecer descontos e vantagens ao corpo docente com apoio da iniciativa privada;
• Uma nova versão do Pé de Meia, destinada a estudantes de licenciatura, que receberão incentivos financeiros para seguir na docência.

Apoio do setor privado

Empresários presentes manifestaram respaldo às ações. Marcelo Bueno, cofundador da Ânima Educação, afirmou que a empresa aderiu publicamente ao TôComProf. “O professor tem que ser herói, tem que ser referência”, disse.

O encontro reuniu representantes de companhias de educação básica e superior interessados em parcerias com o governo federal para valorizar a profissão docente.