O recuo no risco político entre Brasil e Estados Unidos animou os ativos de risco nesta segunda-feira, 27 de outubro de 2025, segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research.
Quaresma avaliou, no programa Giro do Mercado, apresentado por Paula Comassetto, que a reunião recente entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o norte-americano Donald Trump diminuiu incertezas sobre a relação bilateral. Para a especialista, o temor de sanções severas semelhantes às impostas à Venezuela perdeu força, aliviando o chamado “risco de cauda”.
Com o alívio, o Ibovespa alcançou a máxima intradiária, o dólar recuou, a curva de juros fechou e as ações mais sensíveis ao movimento da Selic avançaram.
A analista também vê espaço para que o Banco Central inicie o ciclo de redução da Selic antes do previsto. De acordo com ela, os dados mais recentes de inflação criam condições para que a autoridade monetária sinalize, já na próxima reunião, um corte a ser implementado em dezembro ou janeiro.
Com a temporada de resultados do terceiro trimestre de 2025 ganhando ritmo nesta semana, Quaresma apontou a inadimplência como maior foco de atenção. O indicador segue em alta tanto para pessoa física quanto jurídica, com destaque negativo para o agronegócio.
Imagem: Gustavo R via moneytimes.com.br
Santander, banco privado mais exposto ao setor agrícola, tende a ter números pressionados, enquanto o Bradesco também pode sentir, porém em menor intensidade. Na visão da analista, os destaques positivos devem ficar com Itaú, que divulga balanço em 4 de novembro, e BTG Pactual, cujos números saem em 11 de novembro.
O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros fatos corporativos do dia.