Regras de concorrência da Coreia do Sul podem gerar prejuízo de quase US$ 1 trilhão, diz estudo

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Um relatório da Competere Foundation alerta que as normas de concorrência adotadas pela Coreia do Sul contra gigantes de tecnologia dos Estados Unidos podem provocar perdas econômicas de aproximadamente US$ 994 bilhões nos próximos dez anos para os dois países.

Segundo o estudo, divulgado nesta segunda-feira, empresas norte-americanas podem deixar de ganhar US$ 525 bilhões, enquanto pequenos negócios sul-coreanos arriscam perder cerca de US$ 469 bilhões no mesmo período.

Fiscalização da KFTC no centro das críticas

O documento aponta que a atuação rígida da Fair Trade Commission (KFTC) limita a operação de companhias como Apple, Coupang, Google e Microsoft, desestimulando o investimento estrangeiro no mercado sul-coreano.

“Ironicamente, ao restringir a atuação de empresas dos EUA, a Coreia do Sul deve sofrer um impacto de US$ 469 bilhões em dez anos, com danos significativos para seus pequenos negócios”, afirmou Shanker Singham, presidente da Competere Foundation.

Possíveis impactos diplomáticos e comerciais

Singham acrescentou que a postura de Seul pode ampliar tensões comerciais e destacou a necessidade de maior engajamento de Washington. A administração do ex-presidente Donald Trump negocia atualmente um acordo comercial com a Coreia do Sul.

Imagem: Amanda Macias FOXBusiness via foxbusiness.com

Entre os riscos apontados no relatório estão a redução ou suspensão de investimentos de empresas dos Estados Unidos no país asiático e um ambiente mais favorável a concorrentes chineses.

Ex-diplomata vê risco de recuo dos EUA

Para Henry Haggard, ex-conselheiro de assuntos políticos da Embaixada dos EUA em Seul, as regras sul-coreanas dificultam a atuação de companhias norte-americanas e podem tornar as negociações comerciais mais complexas. “Algumas empresas podem diminuir operações, adiar novos aportes ou até deixar o mercado”, disse.

Até o fechamento desta reportagem, a Embaixada dos Estados Unidos na Coreia do Sul não havia comentado o estudo.