Rivian Automotive anunciou nesta quinta-feira que concluiu o desenvolvimento de seu primeiro chip interno, o Rivian Autonomy Processor, destinado a elevar a capacidade de direção autônoma de seus veículos elétricos.
De acordo com a montadora, o componente integra a segunda geração da plataforma de hardware da empresa e oferece capacidade de inferência de 1.600 sparse TOPS (trilhões de operações por segundo). O objetivo é permitir que os veículos processem, em tempo real, dados de câmeras, radares, LIDAR e outros sensores necessários para atingir a autonomia de Nível 4 (L4), que dispensa a intervenção do motorista em determinadas condições.
“Esse avanço representa um ponto de inflexão na experiência de uso, permitindo que o cliente ganhe tempo enquanto está dentro do carro”, afirmou o fundador e CEO da Rivian, RJ Scaringe, em comunicado.
Para treinar o software de direção autônoma, a empresa criou o Large Driving Model (LDM), comparado a um modelo de linguagem de grande porte, porém focado em cenários de trânsito. O LDM utiliza um ciclo completo de dados – da coleta em campo ao refinamento em nuvem – para melhorar continuamente as estratégias de condução.
As primeiras atualizações de software para os veículos R1 de segunda geração serão liberadas em breve e incluem o Universal Hands-Free (UHF). O sistema permitirá condução assistida sem as mãos por longos períodos em mais de 3,5 milhões de milhas de rodovias nos Estados Unidos e no Canadá, além de vias fora de rodovias que tenham faixas bem demarcadas.
Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com
A montadora também apresentou o Autonomy+, serviço por assinatura que reunirá funcionalidades autônomas e receberá expansões contínuas. O lançamento está previsto para o início de 2026, ao preço de US$ 2.500 em pagamento único ou US$ 49,99 mensais. O valor fica abaixo do cobrado pela Tesla pelo sistema Full Self-Driving, vendido por US$ 8.000 ou US$ 99 por mês.
A Rivian planeja ampliar progressivamente a autonomia dos modelos R1 e da futura linha R2. O cronograma inclui condução ponto a ponto e operação com “olhos fora da via” já no próximo ano, além da meta de alcançar autonomia pessoal de Nível 4.
No fechamento do último pregão, as ações da companhia (RIVN) recuaram 6,11%, cotadas a US$ 16,43.