Santander alerta para envelhecimento acelerado na América Latina e destaca impacto em setores da Bolsa

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São Paulo, 26 de outubro de 2025 – Um relatório do Santander aponta que a América Latina enfrentará uma “bomba demográfica” nas próximas décadas. Segundo o banco, a proporção de habitantes com mais de 65 anos passará de 10% para 20% em apenas 29 anos, ritmo bem mais rápido que o registrado na Europa, onde a mesma transformação levou 56 anos.

Mudança nos hábitos de consumo

Com o avanço da idade média, o consumo deverá se deslocar para itens voltados ao lar e à saúde. Pessoas acima de 65 anos tendem a gastar mais com alimentação para consumo doméstico, serviços médicos, moradia e utilidades, reduzindo despesas com educação, vestuário, restaurantes, viagens e bebidas alcoólicas.

Setores favorecidos

Entre as empresas listadas na B3 e em Nova York que podem se beneficiar dessa mudança, o estudo cita:

  • Supermercados: Assaí (ASAI3), GPA (PCAR3) e Grupo Mateus (GMAT3);
  • Varejo de eletrodomésticos e comércio eletrônico: Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre (MELI);
  • Energia e utilidades públicas, em razão do maior consumo residencial.

Segmentos sob pressão

O envelhecimento populacional deve reduzir a demanda por produtos e serviços voltados a públicos mais jovens. O Santander lista:

  • Educação: Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e Ânima (ANIM3);
  • Moda e vestuário: Lojas Renner (LREN3), Guararapes (GUAR3) e C&A (CEAB3);
  • Bebidas alcoólicas: Ambev (ABEV3);
  • Turismo e lazer: CVC (CVCB3).

Saúde lidera oportunidades

Para o setor de saúde, o documento prevê forte expansão devido à maior necessidade de medicamentos, diagnósticos e tratamentos de doenças crônicas. As companhias apontadas como melhor posicionadas são Rede D’Or (RDOR3), Hypera (HYPE3), Raia Drogasil (RADL3), Pague Menos (PGMN3), Fleury (FLRY3), Oncoclínicas (ONCO3) e Smartfit (SMFT3). O banco ressalta que grupos verticalizados como Hapvida (HAPV3) podem enfrentar efeitos mistos, combinando maior ocupação hospitalar a custos mais altos com planos e despesas médicas.

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Imagem: Renan Dantas via moneytimes.com.br

Pressão fiscal crescente

A transição demográfica deve elevar as despesas sociais. O Santander projeta que gastos com pensões, saúde e educação subirão de 12,8% para até 18,3% do Produto Interno Bruto regional em 2045, impulsionados principalmente pelos desembolsos previdenciários e médicos.

O relatório lembra que, diante de baixa produtividade, elevada informalidade e sistemas de seguridade fragmentados, a América Latina corre o risco de “envelhecer antes de enriquecer”. O banco defende que os países aproveitem o atual bônus demográfico — período com maior proporção de pessoas em idade ativa — para investir em produtividade e acumular capital.

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