O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que os contribuintes deverão receber restituições de imposto de renda “muito grandes” no próximo período de declarações, previsto para o primeiro trimestre de 2026. A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (data não informada) em entrevista à emissora NBC10 Philadelphia, antes de um evento voltado à divulgação das políticas econômicas do governo Trump.
Bessent explicou que a One Big Beautiful Bill Act (OBBBA), aprovada em julho, incluiu dispositivos retroativos que afetam os valores devidos sobre a renda de 2025. Como a maioria dos trabalhadores não alterou as alíquotas de retenção na fonte após a sanção da lei, o secretário calcula que o Tesouro desembolsará entre US$ 100 bilhões e US$ 150 bilhões em restituições, o que representaria de US$ 1.000 a US$ 2.000 por domicílio.
“Os trabalhadores não ajustaram o desconto em folha quando a lei foi aprovada, por isso receberão restituições muito grandes no primeiro trimestre”, disse Bessent. Segundo ele, depois de receberem esses valores, os contribuintes tendem a modificar a retenção e perceber um aumento real no salário líquido ao longo de 2026.
A OBBBA prorrogou as alíquotas reduzidas de imposto e o teto maior da dedução padrão introduzidos pelos cortes tributários de 2017 — benefícios que expirariam no fim deste ano e poderiam resultar em aumento de impostos a partir de 2026.
Em reunião de gabinete no início de novembro, o presidente Donald Trump declarou que o próximo período de entrega das declarações “será a maior temporada de restituições da história”.
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Dados do Internal Revenue Service (IRS) indicam que, até meados de outubro, foram desembolsados US$ 311 bilhões em restituições relativas ao ano fiscal de 2025, com valor médio de US$ 3.052 por declaração. No início de abril, a soma era de US$ 211 bilhões, com média de US$ 3.116.
Embora o governo destaque a promessa de alívio tributário, pesquisa Fox News divulgada em novembro mostrou que cerca de três quartos dos entrevistados avaliam a situação econômica como negativa, citando aumentos no custo de alimentos, moradia e assistência médica.