O mercado de ações de menor capitalização voltou a ganhar força no Brasil. Até o momento em 2025, o Índice Small Caps (SMLL) acumula valorização de 18,5%, superando a alta de cerca de 11% do Ibovespa. Mesmo com o desempenho expressivo, especialistas consultados apontam que ainda há espaço para novas altas.
Para Fernando Camargo Luiz, sócio-fundador da Garoa Wealth Management, parte da escalada recente reflete uma correção de preços: depois de vários anos preteridas, as small caps ficaram baratas em comparação às blue chips e passaram a atrair fluxo de recursos.
Dados da Terra Investimentos mostram que o SMLL negocia a 8,7 vezes o lucro projetado, abaixo da média histórica. O analista Regis Chinchila afirma que, mesmo após o rali, o múltiplo sugere um desconto relevante contra o Ibovespa e contra bolsas de países desenvolvidos.
Entre os principais motores listados pelos profissionais estão:
As companhias de menor capitalização oferecem exposição a setores pouco representados no Ibovespa, como tecnologia, educação, varejo regional, saúde e energia renovável. Ainda assim, Camargo alerta para armadilhas: nem todas apresentam boa governança, liquidez satisfatória ou estrutura de capital sólida.
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Para quem prefere diluir riscos, analistas recomendam fundos de índice. Entre as opções que replicam o SMLL estão SMLL11, XMAL11 e SMAB11. Há ainda estratégias diferenciadas, como o TRIG11, que investe em empresas com até 5% da capitalização total da Bolsa, e o SCVB11, da Investo, que utiliza filtros quantitativos para selecionar papéis subavaliados, explica Danilo Moreno, especialista de ETFs da gestora.
Os profissionais lembram que ganhos expressivos vêm acompanhados de volatilidade. Assim, small caps são recomendadas para quem aceita oscilações e possui horizonte de médio a longo prazo. Além disso, manter carteira diversificada continua essencial para reduzir eventuais perdas.
Com informações de InfoMoney