Sparta encerra captação em dois fundos de debêntures incentivadas após forte procura

Mercado Financeiro1 semana atrás17 pontos de vista

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A gestora Sparta Investimentos, que administra cerca de R$ 20 bilhões, anunciou que vai interromper a entrada de recursos em dois de seus fundos de debêntures incentivadas em razão do aumento expressivo da demanda observado nos últimos meses.

O movimento ocorre após a discussão da Medida Provisória 1.303, que elevou a tributação de determinados investimentos e chegou a ameaçar a isenção tributária desses títulos corporativos. Embora o trecho sobre debêntures tenha sido suavizado, o receio de mudanças fiscais estimulou uma corrida às aplicações.

Fechamentos programados

O Sparta Debêntures Incentivadas FIC, que levantou R$ 700 milhões desde junho, deixará de receber aportes na próxima segunda-feira, 13. Já o Sparta Debêntures Incentivadas 45 FIC será fechado assim que atingir R$ 800 milhões em patrimônio; hoje o montante está em torno de R$ 500 milhões.

Os dois fundos permaneceram fechados para novas aplicações entre março do ano passado e junho deste ano, sendo reabertos justamente por causa da alta procura motivada pelo debate tributário.

Gestão cautelosa

Segundo o presidente da gestora, Ulisses Nehmi, a decisão busca preservar a qualidade das carteiras: “Fechamos as captações para preservar a qualidade das alocações e evitar que a euforia momentânea do mercado nos leve a investir a qualquer preço”. Fundos da mesma estratégia, mas atrelados a indexadores diferentes, continuam abertos por registrarem ritmo menor de entrada de recursos.

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Imagem: redir.folha.com.br

Perfis de risco

Debêntures incentivadas são títulos de dívida corporativa isentos de imposto de renda para o investidor, usados principalmente no financiamento de projetos de infraestrutura. De acordo com Nehmi, empresas com alavancagem controlada têm conseguido emitir esses papéis a taxas em torno de CDI + 2%, oferecendo menor retorno porém maior segurança ao investidor. Já companhias com endividamento elevado pagam prêmios próximos a CDI + 5%, o que aumenta o risco da operação.

A Sparta afirma preferir ativos de menor retorno nominal, mas considerados mais seguros, diante do ambiente de juros altos no país. “Nosso compromisso é com a consistência e a gestão responsável, mesmo que isso signifique dar um passo atrás no curto prazo”, declarou o executivo.

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