A empresa de tesouraria de Bitcoin (BTC) Strategy anunciou, na quinta-feira, uma nova ampliação de sua oferta de ações preferenciais de taxa variável Série A Perpétua Stretch (STRC), permitindo captar até US$ 4,2 bilhões para comprar mais BTC.
O movimento marca a segunda expansão do programa em menos de duas semanas. O STRC foi lançado em 22 de julho, com cada ação atrelada a US$ 100 e meta inicial de levantar US$ 500 milhões. Dois dias após a estreia, a companhia elevou o teto de captação para US$ 2 bilhões e, em seguida, adquiriu mais de 21 mil BTC com os recursos.
Classificado como um título corporativo híbrido, o STRC paga dividendos com rendimento variável, não possui vencimento definido e pode ser resgatado pela própria empresa em condições específicas, oferecendo flexibilidade nos prazos de pagamento.
Vários escritórios de advocacia entraram com ações coletivas contra a Strategy. Os autores afirmam que a companhia teria minimizado os riscos de volatilidade do Bitcoin e superestimado projeções de lucro em suas divulgações.
Advogados ouvidos pela reportagem divergiram sobre o mérito das acusações, mas concordaram que os processos podem levar anos até uma decisão final. Segundo o advogado Brandon Ferrick, “os demandantes alegam que a lucratividade foi exagerada e que os riscos foram subestimados, não que estivessem ausentes das divulgações”.
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As demandas também contestam o uso de métricas financeiras alternativas, como “BTC Yield”, “BTC Gain” e “BTC Dollar Gain”, que, segundo os processos, teriam mascarado prejuízos que apareceriam caso fossem adotados outros critérios contábeis.
O cofundador da Strategy e defensor do Bitcoin, Michael Saylor, rebateu as críticas em teleconferência de resultados recente. “Estamos capitalizados no que considero a tecnologia e o ativo mais inovadores da história da humanidade; por outro lado, talvez sejamos a ação mais mal-compreendida e subvalorizada dos Estados Unidos e possivelmente do mundo”, afirmou.
Com informações de Cointelegraph