O 10º aniversário da rede Ethereum coincidiu com a marca histórica de mais de US$ 100 bilhões alocados por empresas em tesourarias de criptomoedas, indicativo de uma adoção institucional crescente.
Levantamento da Galaxy Research divulgado na quinta-feira (25) mostra que companhias listadas em bolsa mantêm aproximadamente US$ 100 bilhões em ativos digitais. Esse montante inclui 791.662 BTC, avaliados em cerca de US$ 93 bilhões (3,98% da oferta circulante), e 1,3 milhão de ETH, avaliados em mais de US$ 4 bilhões (1,09% da oferta total).
Em relatório publicado na terça-feira (23), o Standard Chartered apontou que as dez maiores tesourarias corporativas adicionaram, desde 1º de junho, mais de 1% do suprimento de Ether. O banco projeta que essas participações podem chegar a 10% do total, o que ajudaria a criptomoeda a ultrapassar a meta de preço de US$ 4.000 até o fim do ano.
Para Enmanuel Cardozo, analista da plataforma Brickken, o ritmo de adoção corporativa do Ether é mais rápido que o observado com o Bitcoin porque a rede oferece rendimento via staking, permitindo às empresas gerar valor ativo com os tokens.
Os fundos de índice de Ether negociados nos Estados Unidos registraram 19 sessões consecutivas de entradas líquidas, acumulando US$ 5,3 bilhões em ETH desde 3 de julho, de acordo com a Farside Investors. A combinação de compras corporativas e fluxo para ETFs é vista como uma nova fonte de liquidez para a segunda maior criptomoeda do mercado.
Em Abu Dhabi, a mineradora Phoenix Group criou uma reserva estratégica de US$ 150 milhões composta por 514 BTC e 630 mil SOL, tornando-se a primeira companhia listada na bolsa local (ADX) a manter um tesouro de ativos digitais. Segundo o CEO Munaf Ali, a iniciativa reflete convicção no valor de longo prazo dessas redes.
Também entre mineradoras, a BitMine Immersion Technologies anunciou intenção de adquirir até 5% do suprimento total de ETH, movimento que a colocaria como a maior detentora corporativa do ativo entre empresas de mineração.
Imagem: Trader Iniciante 2 (15)
No Japão, a Metaplanet planeja levantar 555 bilhões de ienes (US$ 3,73 bilhões) por meio da emissão de ações preferenciais perpétuas. O objetivo é sustentar a estratégia de acumular 210.000 BTC até 2027, oferecendo dividendos anuais de até 6% conforme as condições de mercado.
Em outra frente, a plataforma de finanças descentralizadas Veda contratou TuongVy Le, ex-conselheira da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), para o cargo de diretora jurídica. Le participou de algumas das primeiras ações de fiscalização da agência contra ofertas iniciais de moedas (ICOs) e projetos DeFi.
Entre as cem maiores criptomoedas por valor de mercado, a maioria recuou na semana. O Fartcoin (FARTCOIN), criado na rede Solana, caiu 28%, enquanto o Bonk (BONK) recuou mais de 23%. O valor total bloqueado (TVL) em protocolos DeFi permanece próximo de US$ 85 bilhões.
Com a expansão das tesourarias corporativas e o interesse contínuo de ETFs e mineradoras, o papel das empresas como fonte de liquidez para os principais criptoativos ganha cada vez mais relevância.
Com informações de Cointelegraph