Com a Selic fixada em 15% ao ano, aplicações de renda fixa voltaram a ganhar espaço na carteira dos investidores. Dois dos produtos mais procurados são o Tesouro Selic, título público federal negociado no Tesouro Direto, e os CDBs que pagam 100% do CDI. Uma simulação com aporte único de R$ 1.000 mostra como cada alternativa se comporta em prazos de um, dois, cinco e dez anos.
Considerando a Selic constante em 15% e um CDB indexado a 100% do CDI — indicador que costuma ficar de 0,1 a 0,2 ponto percentual abaixo da taxa básica —, os resultados estimados foram:
1 ano
• CDB: R$ 1.122,93
• Tesouro Selic: R$ 1.121,45
2 anos
• CDB: R$ 1.269,34
• Tesouro Selic: R$ 1.268,83
5 anos
• CDB: R$ 1.852,23
• Tesouro Selic: R$ 1.839,46
10 anos
• CDB: R$ 3.558,94
• Tesouro Selic: R$ 3.507,08
A proximidade dos números indica empate técnico nos horizontes mais curtos, com leve vantagem para o CDB à medida que o prazo se alonga.
Imagem: infomoney.com.br
Ambos os investimentos sofrem incidência de Imposto de Renda pela tabela regressiva: 22,5% sobre o rendimento para resgates em até 180 dias; 20% de 181 a 360 dias; 17,5% de 361 a 720 dias; e 15% para aplicações acima de 720 dias.
No caso do CDB, o maior risco é o de crédito, isto é, a possibilidade de a instituição financeira emissora não quitar a dívida. Para mitigar esse risco, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) cobre até R$ 250 mil por CPF e por banco em caso de insolvência.
O Tesouro Selic não conta com a proteção do FGC, mas carrega o chamado risco soberano, visto que o pagamento é garantido pelo governo federal.
A simulação parte da premissa de Selic estável em 15% ao ano. Contudo, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne a cada 45 dias para avaliar a economia e pode alterar o nível dos juros, o que impactaria diretamente o rendimento de ambos os produtos.
Com essas variáveis em mente, o investidor deve ponderar prazo, perfil de risco e necessidade de liquidez antes de escolher entre Tesouro Selic e CDB.