Morgan Stanley projeta alta de cerca de 13% para o S&P 500 em 2026, mas alerta que o próximo ano pode trazer reviravoltas capazes de alterar o rumo dos mercados, segundo relatório da equipe liderada por Matthew Hornbach, divulgado em 25 de dezembro de 2025.
O banco apresentou três cenários alternativos que, se concretizados, podem surpreender investidores.
O primeiro cenário considera um aumento robusto da produtividade nos Estados Unidos sem criação relevante de vagas. A combinação reduziria pressões salariais e enfraqueceria a inflação, podendo levar a inflação subjacente a ficar abaixo de 2%. Nesse contexto, o Federal Reserve teria espaço para cortar juros de forma mais agressiva sem receio de reaceleração inflacionária.
Após ações e Treasuries terem subido simultaneamente em 2025, o banco vê possibilidade de retorno ao padrão tradicional caso a inflação convirja para a meta do Fed. Com expectativas inflacionárias alinhadas ou até abaixo do objetivo, os títulos do Tesouro voltariam a atuar como proteção em carteiras, segundo os estrategistas Martin Tobias e Eli Carter.
Imagem: Seu Dinheiro via moneytimes.com.br
O terceiro ponto envolve uma forte valorização das commodities, especialmente energia. Um dólar mais fraco, resultado de divergências de política monetária entre os EUA e outras economias, aliado a estímulos na China, poderia impulsionar os preços. O banco destaca que a combinação de oferta limitada, maior demanda relacionada à inteligência artificial e busca por ativos de proteção já levou o ouro a superar US$ 4.400, enquanto prata e cobre renovaram máximas históricas.
Os estrategistas ressaltam que, em um ambiente de incertezas, “um ano sem surpresas seria, por si só, uma surpresa”.