Washington, — O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em postagem na rede Truth Social, na sexta-feira, que Estados Unidos e Uzbequistão firmaram um “incrível acordo comercial e econômico” estimado em quase US$ 35 bilhões para os próximos três anos e superior a US$ 100 bilhões em uma década.
Segundo Trump, o governo uzbeque pretende comprar e investir nos setores norte-americanos de minerais críticos, aviação, autopeças, infraestrutura, agricultura, energia e química, tecnologia da informação, entre outros. Ele agradeceu ao presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, e declarou esperar “uma relação longa e produtiva” entre os dois países.
Até o momento, porém, não houve confirmação dos números apresentados. Nem o Departamento de Comércio dos EUA, nem o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) ou o Ministério do Investimento do Uzbequistão divulgaram documentos ou notas detalhando o suposto acordo.
A declaração ocorreu pouco depois de Trump receber líderes da Ásia Central, inclusive Mirziyoyev, na Casa Branca. O encontro tratou de ampliar o acesso norte-americano a minerais estratégicos — como urânio, cobre e terras raras — e de reduzir a dependência em relação a China e Rússia.
A Casa Branca informou que a reunião expandiu a parceria C5+1, criada em 2015 para cooperação em economia, energia e segurança. Entre os assuntos discutidos estiveram novos pactos sobre minerais críticos e acordos comerciais, incluindo a venda de dezenas de aeronaves da Boeing para a região.
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Em setembro, a Reuters já havia noticiado que a Uzbekistan Airways assinou acordo para adquirir até 22 aeronaves 787 Dreamliner, operação avaliada em mais de US$ 8 bilhões, segundo a Boeing e autoridades norte-americanas. Trump mencionou o negócio em declarações anteriores, classificando-o como “grande acordo” que sustentaria “dezenas de milhares” de empregos nos Estados Unidos.
Mirziyoyev descreveu a reunião em Washington como “o início de uma nova era” nas relações entre Estados Unidos e Ásia Central e propôs a criação de uma secretaria regional permanente. Em 24 de setembro de 2025, ele declarou que a cooperação com Washington é “fator-chave para crescimento sustentável e desenvolvimento inovador”, com ênfase em finanças, tecnologia, modernização de infraestrutura e aviação.
Até o momento, não existem confirmações independentes ou materiais comprobatórios que sustentem a previsão de US$ 35 bilhões anunciada por Trump.