O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comprou mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 547 milhões) em títulos corporativos, estaduais e municipais desde que iniciou seu segundo mandato em janeiro, conforme mostram formulários de divulgação financeira publicados nesta terça-feira.
Os documentos, disponibilizados on-line pelo Escritório de Ética Governamental dos EUA em 12 de agosto, relatam mais de 600 transações realizadas a partir de 21 de janeiro, um dia após a posse. Os registros indicam apenas faixas de valores, sem detalhar montantes exatos.
Entre as aquisições aparecem papéis das empresas Citigroup, Morgan Stanley, Wells Fargo, Meta, Qualcomm, The Home Depot, T-Mobile USA e UnitedHealth Group. Também constam compras de diversos títulos emitidos por cidades, estados, condados e demais órgãos públicos.
Uma autoridade da Casa Branca informou que Trump continua apresentando as declarações exigidas sobre seus investimentos, mas ressaltou que nem ele nem familiares participam da administração ou da escolha dos ativos, tarefa delegada a uma instituição financeira independente. Segundo a mesma fonte, os relatórios foram certificados por órgãos federais de ética e estão em conformidade com a legislação vigente.
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Trump, empresário que migrou para a política, afirma ter colocado seus negócios em um fundo gerido pelos filhos. A declaração anual entregue em junho, referente ao ano civil de 2024, apontou renda superior a US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3,3 bilhões) proveniente de criptomoedas, campos de golfe, licenciamento e outras atividades, indicando aumento substancial de riqueza nesse período.
De acordo com cálculo anterior, o presidente declarou ativos de pelo menos US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,8 bilhões).