Trump diz que EUA seriam “completamente destruídos” sem receita de tarifas

Dificuldades e desafios20 horas atrás7 pontos de vista

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O ex-presidente Donald Trump declarou neste domingo, em postagem na rede Truth Social, que os Estados Unidos seriam “completamente destruídos” caso deixassem de receber os “trilhões de dólares” provenientes das tarifas de importação.

A afirmação surgiu poucos dias depois de um tribunal federal de apelações decidir que Trump ultrapassou sua autoridade ao usar poderes emergenciais para impor novas tarifas sobre mercadorias estrangeiras. Apesar da decisão, a corte manteve as sobretaxas em vigor até meados de outubro, enquanto o Departamento de Justiça, chefiado pela procuradora-geral Pam Bondi, prepara um recurso à Suprema Corte.

As tarifas representam um dos pilares da agenda econômica de Trump e vêm se mostrando uma fonte expressiva de recursos para o governo norte-americano. De acordo com o Departamento do Tesouro, a arrecadação subiu de aproximadamente US$ 17,4 bilhões em abril para US$ 23,9 bilhões em maio, avançou para US$ 28 bilhões em junho e atingiu US$ 29,6 bilhões em julho.

O relatório “Customs and Certain Excise Taxes”, divulgado em 28 de agosto, aponta que a receita total com tarifas no atual exercício fiscal chegou a US$ 183,1 bilhões. No ritmo atual, o valor arrecadado em apenas quatro a cinco meses pode igualar o obtido ao longo de todo o ano anterior.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que parte dessa receita poderá ser destinada à redução da dívida nacional, estimada em US$ 37,2 trilhões em 18 de agosto. Em entrevista à CNBC no dia 19 de agosto, Bessent disse estar “focado em pagar a dívida” ao lado de Trump e prevê diminuir a relação déficit/PIB antes de utilizar as tarifas como compensação para os contribuintes.

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Imagem: Amanda Macias FOXBusiness via foxbusiness.com

O secretário adiantou ainda que revisará para cima a projeção de arrecadação tarifária deste ano, anteriormente estimada em mais de US$ 300 bilhões, sem, contudo, apresentar um novo número.

A combinação entre a decisão judicial e os sucessivos recordes de arrecadação mantém aceso, em Washington, o debate sobre gastos públicos, tributação e controle do endividamento federal.

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