O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou 17 cartas a presidentes de grandes farmacêuticas na quinta-feira (data não informada), exigindo ações “imediatas” para reduzir o preço de remédios no país. O governo também quer que nações ricas, como as europeias e o Japão, passem a bancar parte dos gastos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos de marca.
“Os dias em que países estrangeiros se beneficiavam dos Estados Unidos acabaram”, afirmou o porta-voz da Casa Branca Kush Desai à Fox Business. Segundo ele, embora os norte-americanos representem 5% da população mundial, financiam 75% dos lucros das farmacêuticas por pagarem várias vezes mais pelos mesmos remédios que outras economias desenvolvidas.
Nos documentos enviados a empresas como Pfizer, Eli Lilly, Merck, Gilead e Amgen, Trump delineou quatro medidas para baixar os preços:
O presidente fixou 29 de setembro como prazo para que as companhias apresentem propostas; caso contrário, afirmou que recorrerá a medidas regulatórias obrigatórias.
Em entrevista exclusiva ao canal, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse concordar com a iniciativa. “Durante muitos anos os EUA arcavam com o custo de P&D da nossa indústria. É justo que países ricos também contribuam”, declarou. A farmacêutica anunciou investimento de US$ 50 bilhões no mercado norte-americano nos próximos cinco anos.
A Casa Branca informou que utilizará a autoridade do Departamento de Comércio e do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) para acompanhar a “rebalanização” dos preços. A preferência é por um acordo voluntário, mas o governo admite tornar o processo compulsório se necessário.
Imagem: Edward Lawrence FOXBusiness via foxbusiness.com
No fechamento do pregão de quinta-feira, os papéis das farmacêuticas registraram queda: AstraZeneca (AZN) a US$ 73,09 (-4,57%), Pfizer (PFE) a US$ 23,28 (-2,31%), Eli Lilly (LLY) a US$ 739,77 (-2,68%), Gilead (GILD) a US$ 112,29 (-2,15%) e Amgen (AMGN) a US$ 295,10 (-2,08%).
Trump reiterou que sua meta é “aliviar imediatamente” o bolso do consumidor norte-americano, transferindo a outros mercados desenvolvidos parte do custo de desenvolver novos tratamentos.
Com informações de Fox Business