O presidente Donald Trump pediu, no domingo, que companhias estrangeiras que investem nos Estados Unidos tragam temporariamente seus profissionais especializados para treinar trabalhadores norte-americanos na produção de itens complexos.
Em mensagem publicada na rede Truth Social, Trump afirmou que empresas de setores como construção naval, informática, transporte ferroviário e semicondutores deveriam deslocar seus técnicos “por um período de tempo” com o objetivo de transferir conhecimento e, posteriormente, retornar aos países de origem.
“Quando companhias estrangeiras que fabricam produtos extremamente complexos ingressam nos Estados Unidos com grandes investimentos, quero que tragam seus especialistas para ensinar nossos trabalhadores”, escreveu o presidente. Segundo ele, a medida estimularia novos aportes e ajudaria o país a recuperar competências industriais perdidas.
Trump citou a indústria naval como exemplo, lembrando que, no passado, os EUA chegavam a produzir “um navio por dia”, enquanto hoje “mal constroem um por ano”. O presidente destacou ainda que não pretende “afugentar” investidores internacionais. “Nós os recebemos, recebemos seus funcionários e estamos dispostos a aprender com eles para, em breve, fazer ainda melhor”, declarou.
A postagem ocorreu poucos dias após a Suprema Corte anunciar, na terça-feira, que avaliará com celeridade a legalidade de grande parte das tarifas impostas por Trump — elemento central de sua agenda econômica. No início do mês, o presidente afirmou que as tarifas já motivaram mais de US$ 15 trilhões em novos investimentos no país e advertiu que, caso sejam derrubadas, os Estados Unidos “provavelmente se tornarão uma nação do Terceiro Mundo”.
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Na mesma publicação, Trump mencionou a necessidade de o país “reaprender” a produzir componentes críticos, como chips e computadores, e citou a dívida nacional, que atingia US$ 37.470.833.295.098,68 em 12 de setembro de 2025.
Trump concluiu reforçando que especialistas estrangeiros seriam bem-vindos e que a troca de conhecimento permitiria aos Estados Unidos superar, no futuro, os próprios parceiros internacionais na fabricação desses produtos.