Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram nesta sexta-feira (12) a cobrança de €3 sobre cada encomenda de valor inferior a €150 que ingressar no bloco a partir de 1º de julho de 2026. A medida, comparada à chamada “taxa das blusinhas” aplicada no Brasil e nos Estados Unidos, busca conter o volume de produtos enviados por plataformas asiáticas de baixo custo, como Shein, Temu e AliExpress.
Em 2024, cerca de 4,6 bilhões de pacotes abaixo de €150 chegaram ao mercado europeu — média de mais de 145 por segundo — e 91% deles tinham origem na China.
O novo valor adicional será temporário até que a UE defina um sistema permanente de tributação para esse tipo de remessa, informou um porta-voz do bloco. Há um mês, os 27 países-membros já haviam decidido extinguir, também em 2026, a isenção tarifária que beneficiava pacotes de pequeno valor.
Fabricantes e comerciantes europeus afirmam que a enxurrada de produtos isentos gera concorrência desleal e alegam que muitos itens não cumprem as normas de segurança e qualidade do continente.
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O ministro das Finanças da França, Roland Lescure, classificou a nova tarifa como “uma grande vitória para a União Europeia”.
Além do imposto de €3, Bruxelas planeja introduzir, a partir de novembro de 2026, uma taxa de manuseio estimada em €2 para essas mesmas remessas de até €150.