Louisville (EUA), – A UPS Airlines informou que sua frota de aeronaves cargueiras McDonnell Douglas MD-11 permanecerá groundeada por tempo indeterminado e alertou para impactos que podem durar vários meses, justamente no período de maior demanda de fim de ano.
Em 4 de novembro, um MD-11 da companhia caiu pouco após decolar do Aeroporto Internacional Louisville Muhammad Ali às 17h15 (horário local). O voo tinha destino a Honolulu, no Havaí.
Segundo dados da caixa-preta, o avião alcançou cerca de 30 pés (aproximadamente 9 metros) de altitude quando a turbina esquerda se desprendeu, pegou fogo e a aeronave despencou sobre uma área industrial próxima ao aeroporto. O acidente matou 14 pessoas – três tripulantes e 11 pessoas em solo.
A frota de MD-11, que representa cerca de 9% dos aviões da UPS, foi imobilizada “por precaução” em 7 de novembro. Um memorando interno assinado pelo presidente da UPS Airlines, Bill Moore, informa que as inspeções e eventuais reparos “serão mais extensos do que se imaginava”, prolongando a paralisação por vários meses.
Após o acidente, a Administração Federal de Aviação (FAA) publicou uma diretriz de aeronavegabilidade emergencial para todos os operadores dos modelos MD-11 e MD-11F. A Boeing, fabricante atual responsável pelo suporte ao jato, segue avaliando a extensão dos trabalhos necessários.
Imagem: Michael Sinkewicz FOXBusiness via foxbusiness.com
A empresa de logística afirma ter contingency plans para manter o nível de serviço global durante a alta temporada, embora reconheça possíveis atrasos. A FedEx, que também opera o modelo, decidiu igualmente manter seus MD-11 em solo após o desastre.
O local da queda fica próximo ao Worldport, principal hub mundial da UPS em Louisville.