Vendas de veículos recuam no segundo semestre e ampliam preocupação entre montadoras

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O mercado brasileiro de veículos registrou nova retração em novembro e colocou em dúvida as projeções de crescimento para 2025. Foram emplacadas 253,5 mil unidades no mês, queda de 10,7% em relação a outubro e de 8,2% sobre novembro de 2024, de acordo com dados do Renavam.

Com o resultado, a expansão acumulada no ano caiu para 1,1%; até outubro, o índice era de 2,2%. Entre julho e novembro, período que costuma concentrar boa parte das vendas, foram comercializados 1,21 milhão de veículos, número 2,3% menor que o apurado nos mesmos meses de 2024.

A desaceleração é atribuída principalmente ao efeito da taxa Selic sobre o custo do crédito e às restrições no orçamento das famílias. Levantamento Peic, da Confederação Nacional do Comércio, aponta que 30,5% dos lares do país tinham contas em atraso em setembro, maior patamar da série histórica.

Em agosto, a Anfavea revisou sua previsão de crescimento para 2025 de 6,5% para 5%. Agora, executivos do setor admitem a possibilidade de o ano terminar no mesmo nível de 2024 ou até com recuo.

Financiamento cresce, mas motos e usados dominam

Mesmo com a queda nos emplacamentos de veículos novos, o volume total de financiamentos avançou. Segundo a B3, 697 mil unidades foram financiadas em outubro, maior número para esse mês desde 2007. O resultado, porém, é puxado sobretudo por motocicletas e veículos usados.

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Imagem: redir.folha.com.br

Pressão da concorrência chinesa

Montadoras instaladas no país também enfrentam perda de participação frente às marcas chinesas. A General Motors, por exemplo, vendeu 13,2% menos entre janeiro e outubro em comparação com igual período de 2024, segundo a Fenabrave. A companhia atribui parte da queda à ausência de lançamentos recentes e prevê recuperação apenas em 2026, quando chegará o SUV compacto Chevrolet Sonic.

As fabricantes esperam condições de crédito mais favoráveis nos próximos meses e apostam no IPI Verde, em vigor desde novembro, para melhorar a rentabilidade e permitir reduções de preços no varejo.

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