Os principais índices de Nova York finalizaram a sessão desta sexta-feira (1º) em forte queda, pressionados por dados de emprego abaixo do previsto, pela entrada em vigor de novas tarifas de importação e por novos atritos entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Federal Reserve (Fed).
Dow Jones: -1,23%, aos 43.588,58 pontos;
S&P 500: -1,60%, aos 6.238,01 pontos;
Nasdaq: -2,24%, aos 20.650,13 pontos.
Com o recuo desta sessão, o S&P 500 acumulou a terceira baixa consecutiva, apesar de ter renovado máximas intradiárias mais cedo, movimento também observado no Nasdaq.
O relatório oficial de emprego (payroll) de julho apontou a criação de 73 mil vagas, abaixo da projeção de 100 mil. A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%.
O Departamento do Trabalho revisou os dados de meses anteriores: junho passou de 147 mil para 14 mil vagas e maio, de 125 mil para 19 mil.
A divulgação motivou uma rápida recalibração nas apostas para a política monetária. Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, a probabilidade de redução de 0,25 ponto percentual na reunião de setembro saltou de 37,7% para 80,8%. A chance de manutenção dos juros caiu de 62,3% para 19,2%. Para dezembro, o cenário predominante passou a ser de corte total de 0,75 ponto percentual.
Dois dias após o Fed manter a taxa básica entre 4,25% e 4,50% sem sinalizar cortes iminentes, Donald Trump criticou publicamente o presidente do banco central, Jerome Powell, em três publicações na rede Truth Social. O presidente também determinou a demissão imediata da comissária de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, responsável pelo payroll.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
Em meio ao embate, o Fed informou que a diretora Adriana Kugler renunciou ao cargo, com efeito a partir de 8 de agosto. Ela ingressou no conselho em 13 de setembro e retornará à Universidade de Georgetown.
Entrou em vigor nesta sexta-feira o pacote de tarifas anunciado pela Casa Branca, que impõe alíquotas entre 10% e 41% sobre produtos de 69 parceiros comerciais.
No mercado corporativo, os bancos recuaram mais de 1% diante do receio de que a desaceleração econômica comprometa a demanda por crédito.
Fim.
Com informações de Money Times