Wall Street bate recorde pela terceira sessão seguida, puxada por Nvidia e aposta em corte de juros

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NOVA YORK, 28 de outubro de 2025 – Os principais índices de Wall Street fecharam em novos patamares históricos nesta terça-feira (28), alcançando um triplo recorde pelo terceiro pregão consecutivo em meio ao otimismo com um possível corte de juros pelo Federal Reserve e ao avanço das ações de tecnologia.

Fechamento dos índices

• Dow Jones: alta de 0,34%, a 47.706,37 pontos – maior nível nominal já registrado.
• S&P 500: avanço de 0,23%, a 6.890,886 pontos – novo recorde; durante a sessão, o indicador superou pela primeira vez a marca de 6.900 pontos.
• Nasdaq: ganho de 0,80%, a 23.827,49 pontos – maior patamar histórico.

Principais motores do pregão

• Nvidia (NVDA) subiu mais de 5% após o presidente-executivo Jensen Huang anunciar, na conferência GTC, que as unidades de processamento gráfico Blackwell – chips de inteligência artificial mais rápidos da companhia – já estão em plena produção no Arizona, antes limitada a Taiwan.

• A fabricante de semicondutores informou ainda um investimento de US$ 1 bilhão na finlandesa Nokia para desenvolvimento conjunto de soluções de rede de IA, incluindo a incorporação de tecnologias ópticas e de comutação da parceira.

• No setor de megacaps, Microsoft (MSFT) avançou mais de 2% na véspera da divulgação de seus resultados trimestrais, prevista para quarta-feira (29). Microsoft e Apple (AAPL) superaram US$ 4 trilhões em valor de mercado, atrás apenas da Nvidia.

Expectativa de política monetária

Começou hoje a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). O mercado projeta redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Ferramenta FedWatch, do CME Group, indica 97,8% de probabilidade de corte, acima dos 96,2% observados na sexta-feira (24). A decisão será anunciada amanhã (29), seguida de coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.

Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br

Outros pontos no radar

• O shutdown do governo dos Estados Unidos completa 28 dias, tornando-se a segunda paralisação mais longa da história. A Casa Branca alertou para a possibilidade de não divulgação dos próximos dados de inflação caso o impasse persista.

• Em Tóquio, o presidente Donald Trump e a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi assinaram acordos que abrangem reatores nucleares de nova geração e fornecimento de terras raras. Os dois países planejam apoiar financeiramente projetos nesses setores dentro de seis meses.

• Também é aguardado um entendimento comercial entre Estados Unidos e China. Trump deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, na quinta-feira (30), na Coreia do Sul.