São Francisco (EUA) – Consumidores que planejam renovar a casa ou comprar móveis grandes devem antecipar as compras. De acordo com o Wells Fargo, itens de uso doméstico sofrerão aumentos “perceptíveis” de preços no início de 2026.
Lauren Murphy, diretora-geral da divisão de Financiamento a Varejo do banco, informou que muitos varejistas anteciparam encomendas no começo de 2025 para evitar novas tarifas de importação. Esse movimento elevou em 14% o volume de produtos disponíveis entre maio e setembro.
Apesar do reforço, a projeção é de que, no início de 2026, o volume de mercadorias ainda em trânsito de fornecedores estrangeiros avance 62%. As novas taxas de importação devem encarecer essas remessas, custo que tende a ser repassado ao consumidor, segundo Murphy.
Varejistas de produtos para casa dependem fortemente de importações e têm pouca margem para absorver tarifas mais altas. Com isso, os reajustes chegam mais rápido do que em categorias como vestuário, explicou a executiva.
Algumas redes já iniciaram aumentos estratégicos de preços e devem continuar com ajustes nos próximos meses. No caso de itens de maior valor, mesmo uma alta de 10% pode afastar compradores.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
Murphy recomenda que quem pretende adquirir móveis grandes ou outros bens domésticos faça a compra o quanto antes, aproveitando promoções de fim de ano e liquidações pontuais. A antecipação pode resultar em economia significativa antes que os reajustes previstos entrem em vigor em 2026.
No vestuário também há expectativa de altas, mas o preço-base menor tende a suavizar o efeito no bolso.