A World Liberty Financial (WLFI), projeto de finanças descentralizadas apoiado pela família Trump, cunhou US$ 205 milhões do stablecoin USD1 para seu tesouro na quinta-feira (22), elevando a oferta total do ativo para US$ 2,4 bilhões. Trata-se do primeiro aumento relevante desde o fim de abril e corresponde a cerca de 9% do volume em circulação.
A nova emissão ocorreu poucas horas depois de o governador do Federal Reserve, Christopher Waller, defender publicamente o papel dos stablecoins durante uma conferência sobre blockchain em Wyoming, na quarta-feira (21). “Acredito que os stablecoins têm potencial para manter e ampliar o papel do dólar internacionalmente”, afirmou o dirigente, acrescentando que a tecnologia pode aprimorar pagamentos de varejo e transfronteiriços.
Waller também elogiou o GENIUS Act, lei sancionada no mês passado para regular stablecoins de pagamento, classificando o texto como passo crucial para que esse mercado atinja todo o seu potencial. As declarações relembram comentário feito em 19 de agosto pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Paul Atkins, que chamou o projeto de “marco” para o Congresso e o governo norte-americanos.
Lançado no início de abril, o USD1 tornou-se o sexto maior stablecoin em capitalização de mercado. O segmento continua liderado pelo Tether (USDT), com US$ 167 bilhões e 60% de participação, seguido pelo USDC, da Circle, que soma US$ 67,4 bilhões e 24% do mercado.
Imagem: Trader Iniciante 2 (14)
De acordo com a plataforma de análises on-chain Nansen, o tesouro da WLFI passou a deter US$ 548 milhões em criptoativos, maior nível já registrado. O USD1 lidera a carteira com US$ 212 milhões, representando 39% do total. Em seguida aparecem posições de Aave Ethereum USDT (AETHUSDT), avaliadas em US$ 85 milhões, e um montante equivalente de Ether, que soma 19.650 ETH.
No início de agosto, surgiram informações de que a World Liberty Financial estuda criar uma empresa de capital aberto para custodiar seus tokens WLFI, com meta de captação de aproximadamente US$ 1,5 bilhão.