Gestor da XP Asset prevê início dos cortes de juros em março de 2026, em meio ao calendário eleitoral

Estratégias de investimento1 minuto atrás6 Visualizações

São Paulo – O Banco Central deverá abrir o ciclo de redução da Selic apenas em março de 2026, e o movimento deve se estender pelo período eleitoral, avalia Marcos Peixoto, sócio e portfolio manager da XP Asset. A opinião foi apresentada no programa Stock Pickers, conduzido por Lucas Collazo.

Juros e política no centro das atenções

Segundo Peixoto, a combinação entre trajetória de juros e eleições será o principal vetor para o mercado no próximo ano. “O BC não vai cortar em janeiro; só em março. Quando chegar à terceira reunião de corte, já estaremos falando de eleição”, afirmou.

Amplitude setorial como estratégia

O gestor defendeu que investidores mantenham carteira diversificada. Para ele, excluir estatais e companhias de commodities pode significar deixar de lado uma fatia significativa da Bolsa. “É preciso ter amplitude para investir no Brasil e se dispor a olhar outros setores”, disse.

Revisão de lucros como bússola

Peixoto destacou a importância de acompanhar as revisões de resultado das empresas. “Se eu reviso o lucro 20% para baixo, a ação deveria cair 20%. Se cair menos, vendo”, explicou. Embora reconheça a volatilidade de estatais e commodities, ele enxerga nesses segmentos oportunidades para quem detecta distorções de preço.

Pouca inovação e IPOs fracos

O executivo avaliou que a inovação ainda é limitada no mercado de capitais brasileiro. O último ciclo de ofertas públicas iniciais (IPOs), lembrou, não trouxe retornos expressivos, enquanto as grandes teses de investimento globais ficaram concentradas fora do País.

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Imagem: infomoney.com.br

Posicionamento atual

Hoje, a carteira da XP Asset tem participação reduzida em exportadoras. “Se a commodity cai e o dólar sobe, um movimento anula o outro”, justificou. Já estatais e empresas de commodities continuam no radar, embora a precificação de nomes como Petrobras esteja mais próxima de pares privados, diminuindo as distorções vistas em anos anteriores.

Composição do capital e fluxo

A gestora administra recursos em que 40% pertencem a investidores de varejo e 60% a institucionais, incluindo fundos de pensão e family offices. “Pararam os resgates, mas também não houve novas aplicações. Só estancar a sangria já é boa notícia”, comentou.

Resiliência em ciclos difíceis

Peixoto encerrou destacando a necessidade de preservar convicções próprias. Ele recordou que, apesar dos últimos cinco anos desafiadores, a indústria de fundos brasileira historicamente gerou alpha. “Os mercados são ciclos. Quem está na depressão precisa ter cabeça fria; uma hora o ciclo vira”, concluiu.

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