XP adota nova estratégia de alocação com três pilares para personalizar carteiras

Estratégias de investimento23 horas atrás8 Visualizações

A XP Investimentos passou a operar, desde quarta-feira (3), com um modelo de alocação que integra diferentes áreas da casa para montar carteiras sob medida para cada cliente.

Integração de equipes

O diretor de investimentos (CIO) Artur Wichmann informou que, há cerca de um ano, a companhia juntou profissionais da XP Advisory, do Research e da equipe de Alocação. A colaboração, segundo ele, permite combinar especialidades e ajustar portfólios às necessidades de cada investidor.

Perfis, bandas e 12 milhões de combinações

Além dos perfis conservador, moderado e agressivo, o novo desenho introduz “bandas” que ampliam a flexibilidade dentro de cada classe de ativo. De acordo com Wichmann, a combinação dos três perfis com as bandas possibilita criar até 12 milhões de carteiras distintas.

Rodrigo Sgavioli, sócio e head de alocação, explica que cada banda mantém o retorno compatível com o perfil, dentro da chamada fronteira eficiente. O mecanismo também evita custos com vendas aceleradas quando a carteira se desvia do risco planejado.

Metodologia de risco

Todos os ativos comercializados pela XP são avaliados por uma pontuação única, que considera mercado, crédito e liquidez. O cálculo é feito pela ferramenta interna Gênio, em processo de aprimoramento contínuo. O orçamento de risco resultante mostra, de forma objetiva, quanto cada investimento pode pesar no portfólio.

Gustavo Pires, sócio-diretor executivo, afirma que a plataforma cria “travas potentes” para manter o balanceamento. Ele observa que, em média, os clientes costumam estar abaixo do risco recomendado, não acima.

Seleção de produtos

Depois de definido o nível de risco ideal, o plano comercial escolhe os produtos capazes de entregar a exposição indicada. Para Guilherme SantAnna, diretor de canais, esse fluxo assegura que cada carteira reflita exatamente o perfil medido.

Três pilares da “carteira ideal”

Wichmann resume a nova estratégia em três frentes: planejamento financeiro, tipo de gestão e escolhas de alocação. Os objetivos do cliente, o perfil de risco e as políticas de investimento compõem o primeiro pilar, que serve de base para ajustes constantes ao longo dos ciclos de vida. “Alocação é um processo vivo”, conclui o executivo.

Risco x retorno

Para Sgavioli, a conversa com o investidor deixa de focar apenas no que ele deseja e passa a mostrar o que é necessário para atingir metas específicas, usando indicadores como IPCA+ em vez de CDI+. Wichmann acrescenta que “há risco em não tomar risco”, reforçando a importância de calibrar a exposição para cumprir o planejamento financeiro.

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