São Paulo — A XP Inc. registrou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão entre julho e setembro, crescimento de 12% sobre o mesmo período de 2024 e novo recorde trimestral para a companhia.
A receita bruta avançou 9% na comparação anual, alcançando R$ 4,9 bilhões, impulsionada pelo segmento de atacado e pelo aumento do cross-sell no varejo. O retorno sobre o patrimônio anualizado (ROAE) ficou em 23%, praticamente estável frente aos 23% de um ano antes e ligeiramente abaixo dos 24,4% vistos no segundo trimestre.
A captação líquida total somou R$ 29 bilhões, recuo de 14% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Na comparação com o segundo trimestre, porém, houve alta de 204%. No varejo, a entrada líquida chegou a R$ 20 bilhões, 30% acima do trimestre anterior, mas 18% inferior ao mesmo intervalo do ano passado.
Os ativos de clientes atingiram R$ 1,4 trilhão, alta de 12% em 12 meses e de 4% ante o trimestre anterior. A base de clientes ativos avançou para 4,8 milhões, crescimento de 2% em um ano e de 1% na comparação trimestral. O take rate anualizado do varejo ficou em 1,24%, queda de 1 ponto-base contra o segundo trimestre e de 9 pontos-base frente a igual período de 2024.
Os custos operacionais totalizaram R$ 1,67 bilhão, 10% acima do registrado um ano antes. Despesas de pessoal cresceram 17%, puxadas por um aumento de 34% nos bônus pagos.
No varejo, a receita subiu 6% em 12 meses e 4% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$ 3,7 bilhões. A área de grandes empresas e mercado de capitais gerou R$ 729 milhões, salto de 32% na base anual e de 33% na trimestral, favorecida por emissões de renda fixa.
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Entre as iniciativas de diversificação, a receita com fundos de previdência avançou 24% em um ano, para R$ 124 milhões. A linha de cartões somou R$ 341 milhões, alta de 13% na comparação anual e de 6% ante o segundo trimestre. O volume total de pagamentos (TPV) atingiu R$ 13,1 bilhões, 9% acima de 2024 e 5% superior ao trimestre anterior.
Na negociação pós-fechamento da Nasdaq, às 19h19, as ações da XP subiam 3,59%, cotadas a US$ 18,75, após encerrarem o pregão a US$ 18,10, queda de 3%. No acumulado de 2025, os papéis valorizam 53,2%, elevando o valor de mercado para US$ 9,5 bilhões.
O conselho de administração aprovou o pagamento de cerca de R$ 500 milhões em dividendos. Também foi lançado um novo programa de recompra de ações, que pode alcançar até R$ 1 bilhão (ou valor equivalente em dólares).