São Paulo, 19 de agosto de 2025 – As BDRs da XP Inc. (XPBR31) caíam 6,60%, a R$ 88,74, por volta das 15h38 desta terça-feira, um dia depois da divulgação dos resultados do segundo trimestre.
Na noite de segunda-feira (18), a companhia informou lucro líquido de R$ 1,32 bilhão, alta de 18% em relação ao mesmo período de 2024 e acima da projeção da LSEG, de R$ 1,26 bilhão.
A receita líquida cresceu 6% ano a ano, para R$ 4,46 bilhões, impulsionada pelo segmento de varejo, porém ficou abaixo do esperado por analistas. O Itaú BBA classificou o avanço como “mais fraco do que o previsto”.
A captação líquida total somou R$ 10 bilhões, distante dos R$ 32 bilhões obtidos no segundo trimestre de 2024 e dos R$ 24 bilhões do primeiro trimestre deste ano. A meta interna era atrair R$ 20 bilhões no período.
A margem bruta melhorou com a redução das despesas de comissão, fator apontado como principal razão para o lucro superar as estimativas. Despesas administrativas menores elevaram o lucro antes de impostos em 4% e o lucro líquido em 7% na comparação trimestral.
Imagem: Renan Dantas via moneytimes.com.br
O Banco Safra destacou a receita como ponto fraco, 3% abaixo de sua estimativa conservadora, e enfatizou a subperformance frente ao BTG Pactual, cujo faturamento avançou 39% no mesmo intervalo. A instituição mantém postura cautelosa em relação ao papel.
O BTG, por outro lado, vê oportunidade. Segundo o banco, as ações da XP recuaram 15% desde o fim de junho, influenciadas pela correção do mercado brasileiro e pelo tom mais conservador da administração sobre captação e crescimento de receitas em 2025. Ainda assim, o BTG aponta melhora no balanço, expansão do ROE e maior geração de capital, mantendo recomendação de compra e preço-alvo de US$ 22 por ADR.
Já Itaú BBA e Safra seguem com recomendação neutra para o ativo.