XPDI11 reduz projeções para 2025 após problemas de fluxo de caixa da Oxi

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A XP Asset revisou o guidance do fundo de debêntures de infraestrutura XPDI11 depois de atualizar o fluxo de pagamentos da geradora de energia a biomassa Oxi. A deterioração financeira da empresa levou a gestora a cortar a distribuição mensal do fundo de R$ 0,60 para R$ 0,50 por cota.

Segundo a equipe de gestão, o novo patamar de rendimentos poderá ser sustentado até 2026, mesmo em caso de inadimplência total da Oxi no curto prazo. O fundo continua isento de Imposto de Renda para pessoas físicas, tanto nos rendimentos quanto nos ganhos de capital.

Perda patrimonial e primeiro impacto de crédito

O episódio representa o primeiro efeito relevante de crédito no XPDI11 desde o lançamento, em 2021. A reprecificação dos títulos da Oxi, de 88% para 75% do valor de face, provocou redução de 13% no valor patrimonial do fundo, equivalente a aproximadamente R$ 5,22 por cota.

Portfólio e distribuição de ativos

O XPDI11 mantém seis projetos operacionais — três linhas de transmissão (Campo Tiba, Onti e Arteon Z) e três usinas de geração (a térmica Oxi e as PCHs Goiás e Gameleira) — com 99% do capital alocado e caixa inferior a 1%. A carteira oferece retorno médio de IPCA +7,4% na taxa de emissão e IPCA +9,7% na marcação a mercado, com duration média de 6,4 anos.

No caso da Oxi, quatro SPEs sustentam contratos de venda de energia até 2036, mas baixa disponibilidade operacional, penalidades contratuais e paradas técnicas reduziram receitas e pressionaram o caixa. A empresa deixou de pagar obrigações em junho e indicou que não conseguirá honrar novos vencimentos em dezembro.

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Imagem: infomoney.com.br

Demais ativos seguem dentro do previsto

As linhas de transmissão apresentam desempenho próximo de 100% de disponibilidade, com correção dos contratos pelo IPCA. Em Campo Tiba, garantias de project finance foram executadas após descumprimento de pagamentos pelo sócio da concessionária, preservando um saldo de R$ 72 milhões na conta reserva.

A Onti segue realizando pagamentos regulares, remunerados a IPCA +6,15%, enquanto a Arteon Z possui contratos de 24 anos, baixa alavancagem e garantias robustas. Já as PCHs Goiás e Gameleira, hoje totalmente operacionais, contam com contratos de longo prazo remunerados a IPCA +6,54%.

O fundo é administrado pela XP Asset, que gere mais de R$ 210 bilhões em três estratégias principais. A gestão do XPDI11 é conduzida por Tiago Machado, com informações repassadas pelos analistas João Gabriel Bandeira e Eduardo Borges.

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